"...Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me." Lucas 9.23
O que significa tomar a nossa própria cruz e seguir a Jesus? Como colocamos isso em prática no nosso cotidiano?
Nesse texto vamos falar sobre algo com o que todos nós temos grande familiaridade. O sofrimento. Mas também vamos falar sobre como podemos nos livrar completamente dele.
Mas como assim?
A cruz é o símbolo máximo de todo o peso do sofrimento pelo qual o ser humano pode ser exposto durante sua existência na sociedade, de fato, todo esse sofrimento foi literalmente materializado na "passagem" de Jesus pela cruz do Calvário; mas não é só isso, porque justamente por causa do triunfo supremo que foi conquistado por Cristo na cruz, esse mesmo símbolo passou a aponta para algo muito superior ao sofrimento da humanidade, a cruz passou a apontar para a completa libertação do indivíduo de todo e qualquer sofrimento. Assim sendo, uma vez que compreendemos que a cruz significa, simultaneamente, o peso de todo o sofrimento que há em nós e a libertação completa de todo esse sofrimento; entendemos que quando o Mestre diz: "...tome a cada dia a sua cruz...", o que Ele está nos dizendo, em essência, é: Reconheça diariamente todos os sofrimentos que estão dentro de você. Em outras palavras, Jesus está nos dizendo para olharmos dentro da nossa mente e percebermos tudo aquilo que temos permitido que nos afete, abale e nos faça sofrer (pouco ou muito). E essa não é uma tarefa assim tão fácil, ao menos no começo, pois exige que nossa consciência se expanda cada vez mais, internamente, para iluminar partes obscuras da nossa mente natural e superficial, de modo que essa luz consciente revele a nós mesmos todas as coisas que, em princípio, aos nossos olhos, nem parecem ser fontes de sofrimento, mas o são; também por isso o texto de Efésios 5.13 NVI destaca que: "...Tudo o que é exposto pela luz torna-se visível, pois a luz torna visível todas as coisas.".
E por que estou dizendo isso?
Porque a maioria absoluta da humanidade não tem a menor ideia de grande parte dos sofrimentos que habitam dentro de si, os quais são alimentados pelos próprios indivíduos todos os dias, durante semanas, meses, anos ou até mesmo décadas. O escritor norte americano Mark Twain falou certa vez que sofreu muito durante toda a sua vida e que a maioria absoluta das coisas que o fez sofrer tanto nem mesmo aconteceram de verdade fora da sua cabeça.
E o que isso nos diz?
Diz que, ainda nos dias atuais, as pessoas vivem completamente inconscientes de que têm sido influenciadas, e até manipuladas, das mais diversas, sutis, verossímeis, e perniciosas formas, pelas mais variadas vozes, agentes e forças da sociedade, e pelo próprio espírito do mundo, para que produzam e se apeguem a uma quantidade massiva e devastadora de sofrimentos internos, que a Escritura Sagrada chama de aflições de espírito, e isso tem acontecido de uma maneira tão natural para a maioria das pessoas nas mais diversas localidades do planeta que, no mundo de hoje, o sofrimento já tem sido uma parte consideravelmente grande da identidade pessoal das multidões, ou seja, o sofrimento tem sido uma das bases da maneira como o indivíduo social moderno vê a si mesmo e projeta a sua imagem na coletividade. É óbvio que qualquer um que derive o seu senso de identidade pessoal a partir de um ou mais sofrimentos que carregue em seu interior é semelhante a alguém que construiu a sua casa sobre a areia. Infelizmente, há cada vez mais pessoas, e até grupos inteiros, fazendo isso, sem nem se dar conta.
E o que é esse sofrimento?
Ele é o enorme volume de comentário mental distorcido e negativo que temos constantemente dentro da nossa cabeça a respeito de praticamente tudo na vida, é uma murmuração mental, sem fim, sobre tudo o que temos, tudo o que queremos ter ou ser, tudo o que gostamos ou não gostamos, tudo o que vemos, tudo o que sentimos, tudo o que sabemos, não sabemos ou achamos saber, tudo o que ouvimos, tudo o que lembramos ou imaginamos, tudo o que nos acontece ou não nos acontece, e etc...; na verdade quando a Escritura Sagrada, no texto de Filipenses 2.14, ressalta: "Fazei todas as coisas sem murmurações...", a essência do que está sendo dito também é que devemos viver sem deixar que a nossa mente natural fique todo o tempo criando histórias distorcidas dentro da nossa cabeça; ou seja, estamos sendo ensinados a viver sem criar nem alimentar sofrimentos dentro de nós; pois, é justamente essa falação mental, incessante e crescente, sobre tudo, o que tem atormentado as pessoas das mais diversas condições sociais além do que conseguem perceber, fazendo com não reconheçam a ação da Graça Divina sobre eles, e assim, tornem-se cada vez mais infelizes, experimentando uma existência miserável, mesmo quando alcançam, conquistam, possuem e acumulam tudo o que a sociedade diz que é necessário para construir uma "vida abundante" segundo os padrões deformados que a governam; por esse motivo também foi escrito o texto de Apocalipse 31.7, que afirma: "Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado e miserável...".
O sofrimento nos induz a criar todo tipo de empecilhos, obstáculos e resistências internas para nós mesmos, para a nossa inteligência, para o nosso entendimento, para o nosso aprendizado, para o nosso desenvolvimento, para a nossa fé, para a nossa alma e até para o nosso espírito; dessa forma, nossa existência deixa de fluir adequadamente, todo sofrimento que criamos e, ou, alimentamos, nos prende, nos paralisa e nos consome; mas quando não temos consciência disso, ou seja, quando não conhecemos o que o sofrimento é, de onde ele vem e como age dentro de nós, ele acaba nos arrastando para a ruína (destruição interior) e isso desencadeia um ciclo autodestrutivo nas mais diversas áreas da nossa vida; por isso também o próprio Deus afirmou o que está escrito no princípio do texto de Oséias 4.6, que diz: "O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento.".
Mas como todo esse sofrimento surge? De onde ele vem?
Todo sofrimento que sentimos ou experimentamos, surge no Ego que há em nós, e quando digo Ego, entenda que estou me referindo a nossa mente natural e superficial que a Escritura Sagrada também chama de carne. O sofrimento em suas mais diversas "formas", "tamanhos" e "sabores" surge como resultado da ação, individual ou combinada, das concupiscências ilusórias que há no nosso Ego, na nossa carne, que é a mente natural e superficial que todos nós possuímos desde a infância; tais concupiscências são coisas como as vaidades, as paixões, as ambições, as aversões, os desejos, as aspirações, as expectativas, as frustrações, as opiniões, as ideologias, as crenças debilitantes, os sonhos que não nos pertencem, as fantasias que desenvolvemos e muito mais. Todo o nosso sofrimento é projetado, de uma maneira ou de outra, em maior ou menor grau, por todos esses pensamentos, sentimentos e emoções desequilibradas que inconscientemente permitimos que habitem e se reproduzam na nossa mente, assim, eles se "materializam" dentro da nossa cabeça, e passam a alimentar a si mesmos e se multiplicar em um ciclo vicioso e nocivo que visa apenas nos enfraquecer, assim como enfraquecer a nossa fé, para que toda a nossa vida se desvirtue por causa disso.
Quando Jesus nos disse: "...Tome cada dia a sua cruz, e siga-me.". Esse "...Siga-me." significa exatamente o que está escrito no texto de João 13.15, que diz: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também."; em outras palavras, seguir a Cristo significa seguir todos os exemplos que ele nos deixou como direção e ensinamento, portanto, na questão de como lidamos com o sofrimento que criamos e hospedamos dentro de nós (a nossa cruz); assim como o Mestre triunfou sobre todo o sofrimento sintetizado na cruz do Calvário; nós também devemos, todos os dias, triunfar sobre os sofrimentos que conseguirmos identificar dentro de nós, por menores que sejam, pois se não os identificarmos, mesmo aqueles sofrimentos que consideramos pequenos e achamos que podemos suportar, brotarão, como sementes, com raízes de todo tipo de amargura que vão nos impedir de perceber a ação da Graça Divina em nós e na nossa existência, assim como produzirão cada vez mais perturbação interna para nós e consequentemente para todos ao nosso redor. Por isso também o texto de Hebreus 12.15 diz: "Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.". Lembre-se sempre que toda raiz de amargura brota de algum sofrimento, e quando deixamos que os sofrimentos caminhem livres dentro do nosso ser estamos inconscientemente, mas voluntariamente, pavimentando o caminho e dando permissão para que eles criem um véu de ilusões que acabam nos impedido de reconhecer a Graça de Deus em nós e ao nosso redor.
O ser humano é um dos poucos animais que é "capaz" de sofrer, e isso não é nada bom; a maioria absoluta dos outros animais que coabitam conosco no planeta, nesse ponto, ainda permanecem da maneira como foram criados, livres do sofrimento; ou seja, eles nascem, crescem, lidam com todas as demandas de sua existência, cada qual segundo a sua espécie, suas necessidades e as suas capacidades em dado momento, e morrem sem nunca sofrer ou sem serem consumidos durante a vida por um ou mais sofrimentos de qualquer natureza. Nós humanos também fomos criados para viver sem sofrimento, entretanto, como fomos abençoados pelo Criador com o mais poderoso cérebro dentre todos os animais da criação para que pudéssemos nos sobressair a eles; também por esse motivo foi registrado o texto de Gênesis 1.27-28, que diz: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu, e sobre todo o animal que se move sobre a terra."; assim, acabamos, por causa da subversão gerada na humanidade pelo pecado original, tendo parte de nós transformada em algo pervertido, que é justamente o Ego que há em nós, e esse Ego é a mais poderosa e efetiva "máquina" de criar e encontrar maneiras de sofrer sem nenhuma necessidade.
E como isso se dá?
Tenho certeza absoluta de que você sabe, pois todos nós conhecemos o sofrimento intimamente, uns mais do que outros, uma vez que somos nós mesmos quem o criamos, ou melhor dizendo, deixamos que o Ego em nós o crie, mas para tentar ser um pouco mais didático deixe-me tentar fazer uma breve ilustração.
Quando as coisas da vida não acontecem da maneira como projetamos ou esperamos; quando nossas opiniões e ideologias são afrontadas; quando nossa fé é descreditada; quando somos traídos; quando nos machucam; quando desdenham dos nossos verdadeiros sonhos; quando temos de lidar com a dor, seja ela física (uma enfermidade em nós ou em alguém que amamos) ou psicológica (a perda de alguém que nos é querido); quando as pessoas nos rejeitam ou dão as costas para nós; quando achamos que a resposta de Deus está demorando além do que devia; quando tudo o que surge diante de nós são incertezas, e muito mais; geralmente começamos a sofrer (gerar sofrimento) de alguma maneira, ou mesmo de várias maneiras; a voz na nossa cabeça começa a tecer comentários, teorias, explicações, monólogos, debates e todo tipo de tagarelices, alucinadamente; assim, internamente culpamos outras pessoas, maltratamos o nosso próximo ou a nós mesmos, nos entregamos à tristeza, à raiva, à dúvida, à incredulidade, à ansiedade, ao ressentimento, à insegurança, ao medo, à vergonha e a tantos outros sentimentos, emoções e pensamentos venenosos e debilitantes, de modo que muitas vezes somos completamente possuídos por eles e agimos (ou falamos) totalmente afastados da razão, da prudência, da justiça e da sensatez sem nem nos darmos conta disso, por mais incrível que pareça; mas sei que, assim como eu, você também já deve ter experimentado o "gosto amargo" de todas essas coisas na sua vida ao menos uma vez. E o pior é que, subliminarmente, a sociedade está sempre nos ensinando e incitando a sofrer por tudo o que a vida coloque diante de nós, mesmo que sejam coisas boas, mas estejam ligeiramente desalinhadas com as nossas preferências; de fato, há pessoas sofrendo porque estão passando por um momento de completa escassez e dificuldade, mas também há, e muitas, pessoas sofrendo até mais, porque sua fortuna, sua empresa, sua casa ou qualquer outra coisa não é tão grande, tão boa, tão nova, tão invejada, tão "reluzente" quanto a do seu "vizinho", seja esse vizinho a pessoa, ou pessoas, que moram realmente próximo a eles ou apenas um amontoado de fotos e vídeos em um ou mais perfis nas redes sociais.
Certa vez li uma pequena frase atribuída ao sábio filósofo chinês Confúcio que me fez pensar muito a respeito do sofrimento que eu, durante a maior parte da vida, costumava criar para mim mesmo até nas coisas mais insignificantes. Essa frase diz assim: "Eu costumava reclamar por não ter sapatos, até que vi um homem que não tinha os pés.". Naquele momento o sábio chinês fez exatamente o que o texto de Lucas 9.23 está nos ensinando; ou seja, ele "tomou a sua cruz" em outras palavras, ele percebeu que todo o falatório mental que se repetia na sua cabeça sobre aquele assunto há tempos, e que o tornava infeliz e murmurador, estava sendo criado por ele próprio, mas não havia motivo para deixar que isso permanecesse ocorrendo, pois se o fizesse toda a sua existência seria miserável, mesmo que conquistasse tudo o que mais desejava, na verdade, aquele sábio percebeu que todo o seu sofrimento por não ter sapatos era completamente infundado, uma vez que ele já possuía tudo o que precisava para viver adequadamente. Foi assim que tal sábio descobriu algo que todo cristão genuíno entende logo cedo.
E o que é?
A vida, a verdadeira vida, não aquela que a sociedade nos faz acreditar que temos, mas a real vida abundante que Jesus concedeu a todos quanto compreenderem; é aquela na qual não há nenhum sofrimento, mesmo se formos traídos, açoitados, lançados na prisão, demitidos, enfrentamos falência, desemprego, solidão, ou mesmo se adquirirmos fama, fortuna e status social muito além de todos ao nosso redor, pois todo cristão genuíno sabe que pode reconhecer qualquer sofrimento que esteja dentro de si (tomar a sua cruz) e, ao fazer isso, desfazê-los completamente (seguindo os exemplos de Cristo). Por isso também o apóstolo Paulo escreveu o texto de Filipenses 4.12, que diz: "Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.". Em outras palavras, a essência do que o apóstolo está dizendo nesse texto também é: Não importa o que aconteça comigo, já tenho o conhecimento correto e aprendi como proceder, nada vai me fazer sofrer (criar sofrimentos para mim mesmo), nem a escassez, nem a fartura.
Definitivamente Paulo, assim como todos os cristãos legítimos, aprendeu que poderia viver completamente livre, sem qualquer sofrimento, mesmo em momentos ou situações de dor física ou psicológica e foi assim que ele enfrentou prisões, naufrágios, apedrejamentos e muito mais sem se deixar consumir e nem perder de vista o caminho da luz.
E como nós fazemos isso de maneira prática?
"...Tome diariamente a sua cruz..." Lucas 9.23 NVI. Essa é a nossa prática espiritual diária.
Todos os dias, em todas as ocasiões, situações e sob todas as circunstâncias; no trânsito, no trabalho, na escola, em casa, na fila do banco, no restaurante, no supermercado, no aeroporto, nas suas férias, na igreja, no shopping, nas ruas e em absolutamente todos os lugares em que você frequenta, ou frequentar, entre conhecidos ou desconhecidos, esteja sempre alerta observando diligentemente (vigiando) o seu interior e sempre que você perceber que alguma coisa começou a afetar e abalar você a ponto da "voz" na sua cabeça iniciar o seu falatório, torne-se consciente disso, ou seja, reconheça que isso está acontecendo e preste bastante atenção ao que tal voz está falando, mas (e isso é muito importante) não dê atenção a tal "voz"; em outras palavras, saiba o que está acontecendo, mas não se envolva com o falatório, observe-o com certo distanciamento mental, como se não estivesse dentro de você. Compreenda que esse falatório mental é apenas uma tentativa, ou melhor, uma tentação do Ego que há em você, para que você comece a gerar sofrimento, mesmo nas coisas menos relevantes da vida. Esse simples procedimento já é o suficiente para gerar grande clareza mental de modo que nos damos conta de que não precisamos nos engajar com tudo o que a nossa mente natural diz, com toda a sua murmuração, independente do que seja; na verdade podemos deixar que ela fale sozinha, e ao fazermos isso enfraquecemos o falatório e toda a murmuração do Ego, porque finalmente estamos vendo ele acontecer, e não deixando que ele aconteça sem que tenhamos consciência disso, como é o comum para a maioria das pessoas na sociedade e também dentro das mais diversas congregações. Com o tempo, fazendo isso todos os dias em que identificarmos algum resquício de murmuração mental, acabaremos completamente imunes ao sofrimento, mesmo se passarmos por grandes tribulações; e foi por esse motivo, também, que o apóstolo Paulo escreveu o texto de 2 Coríntios 4.8, que diz: "Em tudo somos atribulados, mas não angustiados.". Todas as ocasiões estão sempre tentando nos fazer criar sofrimento para nós mesmos, mas uma vez que nos tornamos conscientes disso, toda a intensidade dos fenômenos que antes desencadeavam sofrimento em nós começa a enfraquecer até que se desfazem por inteiro. Obviamente, todo esse processo leva mais tempo para uns e menos tempo para outros, além, é claro de uma boa "quantidade" de paciência.
E por que isso é importante?
Porque há muito sofrimento de todos os tipos, represados, dentro da alma das pessoas, e esses sofrimentos, grandes e pequenos, permanecem lá, se multiplicando por muito tempo porque se aproveitam das "sombras" da inconsciência dos indivíduos para se manterem escondidos; mas quanto a nós, de hoje em diante, a cada dia, faremos uma análise minuciosa na nossa própria mente, do nosso "estado de espirito", assim como o sábio salmista que disse o que ficou registrado no Salmo 42.11, que diz: "Por que está abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim?...". Fazendo isso estaremos lançando a luz da nossa consciência sobre a nossa própria mente; e com isso perceberemos claramente que todo sofrimento que experimentamos na vida foi, na verdade, desnecessário, criado pela nossa natureza carnal e egoica apenas para nos manter ocupados e preocupados "correndo em círculos".
Quando reconhecemos os sofrimentos que estão dentro de nós, sejam eles quais forem, e entendemos a natureza ilusória deles, um milagre acontece; nós nos desprendemos deles e ficamos mentalmente livres, mesmo se estivermos passando por um momento de grande dor. É nesse ponto que conseguimos transformar "a nossa cruz" de um símbolo de sofrimento para um símbolo de libertação, exatamente como Jesus fez.
* Pessoas em sofrimento tendem a inconscientemente espalhar sofrimento para todos ao redor através de atos e palavras, físicas ou virtuais; e isso ocorre porque o sofrimento é algo que deseja se propagar até dominar todo o planeta.
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