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“...Ouvi a tua voz no jardim, e,... tive medo.” Gênesis 3.10 (ARA)

 


“Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo.” Gênesis 3.10 (ARA)


Qual é o propósito do medo? Para que ele serve?

O medo rompe nosso equilíbrio interior, ele cria confusão colocando nossa mente e nosso coração um contra o outro, e ambos contra nós mesmos.

Muitos defendem que o medo tem uma função importante na nossa vida; a função de nos afastar dos perigos que estão ao redor. Dizem que o medo é uma reação natural, ou seja, biológica e instintiva, do nosso cérebro para nos manter alerta e gerar uma resposta automática de fuga ou luta em determinados momentos nos quais nossa vida esteja em perigo.

Biologicamente, essa descrição que as pessoas atribuem ao medo, na verdade, não tem nada a ver com ele. Manter nosso corpo preparado para lutar ou fugir em situações de risco iminente é tarefa do Sistema Nervoso Simpático através de um mecanismo neurológico específico, algo como um "estado de alerta", que é uma rotina cerebral desenvolvida para preparar nosso corpo para passar por uma situação de grande estresse; nosso cérebro desencadeia uma série de reações químicas, fisiológicas e cognitivas que colocam todo o nosso corpo numa espécie de "modo de combate", em alerta máximo, aguçando nossos sentidos e reflexos, aumentando a frequência cardíaca, despejando adrenalina na corrente sanguínea, gerando tensão extra nos músculos, reduzindo nossos pensamentos a uma única tarefa por vez ("combater" ou "correr") e muito mais; assim ficamos preparados para o caso de precisarmos lutar por nossa vida ou fugir para preservá-la.

Por falta de entendimento nos acostumamos a confundir essas reações biológicas legítimas de alerta com os sintomas produzidos pelo medo, mas diferentemente do "estado de alerta", o medo transforma nossa mente em um caos de pensamentos, sentimentos, sensações, e emoções; fazendo com que não tenhamos clareza para desenvolver nenhuma ação de forma correta. Temos a tendência de confundir o "estado de alerta do cérebro", com o medo, porque todas as vezes que nosso cérebro percebe uma possível ameaça e inicia essa rotina de proteção, o medo que habita em nossa mente e em nosso coração entra em ação e se manifesta simultaneamente, justamente para nos confundir e para impedir que nosso cérebro tenha sucesso em fazer a tarefa para o qual foi programado, que é nos afastar do perigo. Ao se manifestar, o medo contamina nossos pensamentos, perturba nossos sentimentos, emoções e, às vezes, até interrompe completamente a atuação do "estado de alerta"; o que pode, até mesmo, em casos mais extremos, anestesiar totalmente nossos impulsos cerebrais e outras funções biológicas de reação, levando um individuo a ficar mentalmente e fisicamente paralisado ou, até mesmo, fazendo-o desmaiar.

Há diversos tipos de pessoas, profissionais de vários ramos de atividade que necessariamente precisam aprender a separar o medo, do "estado de alerta", para que possam fazer o que deles é esperado; pilotos militares de combate, bombeiros, astronautas, lutadores de MMA, soldados, pilotos de corrida, surfistas de ondas gigantes, mergulhadores e praticamente todos os atletas de alto rendimento, principalmente aqueles que atuam na área dos chamados esportes radicais, assim como muitos outros profissionais. Essas pessoas conseguem compreender muito bem que o medo é completamente inútil e pode levá-los a cometer diversos erros que podem produzir grandes derrotas e até a morte, mas o estado de alerta, mesmo em situações limite extremas, pode salvar suas vidas. Deixe-me contar algo que ilustra isso muito bem. 

O piloto francês de Fórmula 1, Romain Grosjean, passou por um acidente terrível e saiu praticamente ileso, apenas com algumas queimaduras, simplesmente porque no momento mais crucial, sua mente estava livre do medo. Ele bateu o carro de Fórmula 1 que dirigia a uma velocidade de 221Km/h; o carro explodiu imediatamente e Grosjean passou 29 segundos preso em meio a fúria das chamas. Quando perguntado se teve medo ele disse que não, que estava em paz, apenas pensando na família e nos filhos; Eis o que ele disse:

"-Tentei sair de novo, mas eu estava preso. Então eu voltei pro banco e chegou o momento mais difícil: Quando meu corpo relaxou. Fiquei em paz comigo mesmo e senti que ia morrer. Comecei a me perguntar: Vai queimar o meu sapato, o pé ou a mão? Vai ser doloroso? Como vai começar? Mas pensei nos meus filhos e eu disse: Não, eles não podem perder o pai hoje. Decidi virar meu capacete para o lado esquerdo e depois tentar torcer meu ombro. Percebi que meu pé estava preso no carro, então eu puxei o máximo que pude e meu pé saiu da sapatilha. fiz de novo e meus ombros doeram; eu sabia que ia pular.". 

É claro que houve um milagre envolvido em toda aquela situação, mas se a mente de Grosjean fosse dominada pelo medo naquele momento em que ele estava preso em um carro sendo consumido pelo fogo, ele certamente se desesperaria ou ficaria paralisado, não conseguiria pensar com a clareza que demonstrou e não teria capacidade cognitiva suficiente nem a "presença de espírito" para fazer tudo o que fez para sobreviver depois de ter recebido o impacto ultra violento da batida e de ficar preso em um carro completamente envolto pelas chamas. 29 segundos podem parecer pouco, mas em uma situação limite como essa a percepção que as pessoas têm do tempo se altera completamente.  

Em alguns livros e em muitos filmes de ficção e fantasia o medo é romanceado como uma das centelhas que transformam pessoas comuns em heróis, mas no mundo real, o medo não tem nenhuma função importante para nós e definitivamente não serve para nos preparar nem salvar de nada, muito pelo contrário, ele serve apenas para iludir, atrapalhar, enfraquecer, fragilizar e deixar as pessoas extremamente vulneráveis; muitas vezes chegando ao ponto de paralisá-las por completo. Então eu pergunto: Como uma pessoa fragilizada, vulnerável, e mentalmente paralisada, pode reagir adequadamente, fugir ou lutar, em uma situação extrema pela qual sua vida esteja passando? A resposta é muito simples: Não pode.

E fica pior.

O medo não é algo que aparece apenas quando os indivíduos estão enfrentando uma ameaça real à sua integridade física; na verdade, 80% das vezes que sentimos medo são em ocasiões que não representam qualquer ameaça verdadeira para nós, mas sim para o nosso ego. Afinal, a maioria dos homem já ficou paralisado com medo de iniciar uma conversa ou convidar alguma mulher para sair; da mesma forma que a maioria das mulheres também já ficou paralisada em alguma ocasião por medo de ter sua aparência (cabelo, roupas, jeito, físico, tom de voz, postura etc...) julgada de alguma maneira negativa. Embora a vida deles não estivesse em perigo em tais situações corriqueiras, o medo apareceu com grande violência. Há muitas outras situações que não oferecem qualquer perigo real para as pessoas, mas que as amedrontam violentamente deixando homens e mulheres muito ansioso e inseguros por antecipação. Sim, o medo também gera, alimenta e fortalece outros elementos negativos como a ansiedade, a insegurança, a frustração, o estresse, e até a depressão; além de outras síndromes que nos fazem sentir como se a nossa mente estivesse entrando em colapso. Um dos filósofos que mais gosto de ler, Sêneca, disse certa vez o seguinte: "Quem se permite cultivar temores vazios acaba ganhando temores reais". 

De fato, conheço uma pessoa que tem muito medo de cachorros, a ponto de mudar de calçada na rua se avistar um à distância ou de ficar paralisada se for surpreendida por um, mesmo que seja um filhote, que surja preto dela. Muitos vão pensar: Isso não é medo; é fobia. Mas há duas coisas que devemos considerar aqui. A primeira é que uma fobia nada mais é do que um medo exagerado, que já ganhou muito território na mente da pessoa, aliás, o nome fobia descende da palavra grega Fobos que significa medo. E a segunda coisa é que essa pessoa em questão não tem fobia de cachorro porque ela mesmo sempre teve cachorros em casa, de modo que o medo dela se resume apenas a cachorros de rua. O medo não é racional.

Certamente você pode imaginar muitos outros cenários do cotidiano em que as pessoas são açoitadas pelo medo que só serve para produzir turbação (desordem, tumulto e sofrimento mental) que com o tempo pode acabar se acumulando e provocando grandes feridas internas.

Mas espiritualmente falando; o que é o medo?

Em termos espirituais, o medo foi a primeira "doença" que a humanidade desenvolveu em decorrência do pecado original; e nós sentimos seus sintomas ainda hoje em absolutamente todas as partes do globo terrestre. Todos os dias bilhões de pessoas sentem medo de algo, seja o medo de falar em público, o medo do fracasso, medo de morrer, medo de ficar doente, medo do arrependimento, medo do futuro, medo de ser quem realmente são, medo de serem desmascarados, medo de fazer algo diferente, medo de sofrer, medo da solidão, medo de expressar ou dar atenção as próprias emoções, medo de enfrentar os próprios defeitos, medo de assumir suas responsabilidades, medo de pensar por si mesmo, medo de altura, medo de aranhas, medo de envelhecer e, muito mais.

De fato, uma quantidade incontável de pessoas através dos tempos simplesmente desperdiçaram o maravilhoso dom da vida que receberam diretamente das mãos do Criador por não perceberem que é possível viver sem o peso do medo sobre nossos ombros. Eu mesmo era uma dessas pessoas e desperdicei boa parte dos meus anos, desde a infância até o início da vida adulta, com medo de julgamentos alheios, medo de não ser aceito, medo de ficar emocionalmente vulnerável na frente dos outros, medo de escrever e publicar textos como esse, medo do que estavam pensando a meu respeito, medo de desagradar os outros, medo de ser ofendido, medo de não realizar meus sonhos, medo de pensar diferente, e muitíssimos outros. Infelizmente, os dois lugares que eu achava que poderiam me ajudar a superar tais medos, a escola e a congregação, serviram apenas para potencializar os medos que eu já possuía e adicionar outros como o medo do desemprego, o medo de não encontrar e seguir uma carreira rentável o suficiente, o medo de não estar agradando a Deus, e por aí vai.

Felizmente, entretanto, de certa forma isso me foi muito útil, na medida em que estudando as Escrituras e analisando minha própria vida em retrospectiva consegui "ligar os pontos" e ver claramente como o medo fazia com que minha mente (razão, percepção e lógica) e meu coração (pensamentos, sentimentos e emoções) me mantivessem preso em batalhas e cenários hipotéticos, fantasiosos e completamente sem sentido; porém, ao perceber isso comecei a me desvencilhar dessa forma distorcida, e dividida, de pensar, e fui capaz de ver a verdade que finalmente me libertou. Como foi escrito em João 8.32: "E conhecereis a verdade e ela vos libertará.".

E que verdade é essa?

A compreensão de que o medo é uma ilusão; uma ilusão muito sólida e persistente, mas ainda assim apenas uma ilusão inserida pelo espírito do mundo no interior dos seres humanos simplesmente para nos confundir, frustrar, atormentar e gerar sofrimento. Adão não tinha qualquer motivo concreto para sentir medo de Deus e mesmo assim correu para se esconder; da mesma forma nós também não temos motivos concretos para ter medo das coisas que nos amedrontam, e no entanto, conseguimos senti-lo se espalhando e pulsando dentro de nós com relativa facilidade, acelerando nosso coração, embaralhando nossos pensamentos, roubando nossas forças, mesmo em questões simples e triviais.

Na mitologia grega dizia-se que quando o "deus" da guerra, Ares, saía para comandar os exércitos de Esparta nas batalhas, ele colocava à frete dos soldados os seus dois filhos, Fobos e Deimos, que eram respectivamente o Medo e o Terror; de modo que quando as tropas adversárias os avistavam, ficavam paralisadas e eram facilmente derrotados pelos espartanos. Embora essa estória não passe de um mito do velho mundo, há algo que podemos aproveitar nela, pois ela ilustra claramente que a única função do medo é nos paralisar de alguma maneira para que sejamos facilmente derrotados por qualquer adversidade ou inimigo, mesmo as mais insignificantes.

Na clássica história da batalha entre Davi e Golias relatada em 1Samuel, capítulo 17, vemos todo o exército de Israel e o próprio rei Saul paralisados de medo frente às ameaças, xingamentos e intimidações de um único homem, Golias; como está escrito no versículo 11 que diz: "Ouvindo, então, Saul e todo o Israel essas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito.". O medo tinha tanto controle sobre a mente e o coração daquelas pessoas que eles nem foram capazes de ouvir a voz do SENHOR dos Exércitos dizendo: Não tenham medo. Avancem sobre os filisteus e Eu vencerei todos eles, inclusive esse que se chama Golias também não resistirá diante de mim. Pois muito tempo antes Moisés já havia falado o que está registrado em Êxodo 14.13-14, que diz: "...Não temais; estai quietos e vede o livramento do SENHOR, que hoje fará; porque aos egípcios (filisteus e qualquer outro inimigo), que hoje vistes, nunca mais os vereis para sempre. O SENHOR pelejará por vós, e vos calareis."

Da mesma forma conosco, quando o medo se torna senhor da nossa mente e do nosso coração, ele rouba nossa capacidade de ouvir a voz de Deus dizendo que não precisamos ter medo nem das grandes adversidades e tempestades que enfrentaremos na vida, nem tampouco das coisas banais que sempre nos amedrontaram. Em toda a Escritura Sagrada vemos, repetidamente, o SENHOR dizendo a mesma expressão: "Não temais". É como se Deu estivesse nos dizendo: Você não precisa ter medo de falar em público; não precisa ter medo do futuro; não precisa ter medo de dar um ou dois passos para trás na vida; não precisa ter medo de perder a beleza física, não precisa ter medo de se reinventar como profissional ou como pessoa; não precisa ter medo de pensar por si mesmo(a), não precisa ter medo de se declarar para a pessoa que você gosta; não precisa ter medo da rejeição; não precisa ter medo do fracasso; não precisa ter medo de envelhecer, não precisa ter medo da morte, não precisa ter medo de absolutamente nada, porque Eu estou o tempo todo com você; veja o que está escrito em Isaías 41.10: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus..."

No livro "Mais forte do que nunca: Caia. Levante-se. Tente outra vez". A pesquisadora e escritora Brené Brown indiretamente sintetiza a maneira como os cristãos sempre pensaram desde os tempos antigos até nos dias atuais; ela diz: "Minha fé pede que eu pratique mais o amor do que o medo.", sem dúvida ela está fazendo referência ao que está escrito em 1 João 4.18a, que diz: "No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo..." (Almeida Revista e Atualizada). É exatamente isso. Cristãos legítimos aprendem a banir (lançar fora de uma vez por todas) o medo, da mente e do coração; dessa maneira mantém sempre intacta a harmonia interior que necessitam para transpor os limites que antes eram governados pelo medo que os aprisionava.

E como fazer isso?

O único caminho é enfrentar o medo de frente, mas você pode fazer isso de uma maneira organizada, prudente e minimamente confortável, segundo as suas próprias regras e não segundo as regras do medo como as pessoas geralmente fazem. 

No meu caso isso se materializou de forma que passei a fazer todas as coisas que antes me paralisavam, mas procurei maneiras diferentes de fazê-las. No começo o medo ainda estava lá exatamente como antes, mas com o tempo comecei a perceber que o medo era o mesmo, mas eu já não era; eu havia evoluído de alguma maneira. E se você resolver enfrentar seus medos perceberá a mesma coisa.

Nesse processo eu aprendi que confiança e atitude são mais importantes e mais eficazes do que coragem. Você só precisa construir uma boa estratégia para enfrentar seus medos.

Então alguém pode pensar: Não tenho ideia de como fazer isso.

Eis 2 exemplos da minha própria experiência.  

1: Sempre fui extremamente tímido, mas quando decidi vencer o medo de falar em público me matriculei em um curso de oratória. Era um curso de verão oferecido pela faculdade em que eu estudava; isso serviu para me colocar em situações nas quais eu necessariamente teria de falar diante de outras pessoas. E adivinhe, funcionou. Hoje não tenho qualquer problema em falar diante de pessoas desconhecidas mesmo que em grupos muito grandes. De fato, certa vez eu estava em uma entrevista de emprego fazendo uma dinâmica de grupo e ao término do processo uma pessoa me abordou para perguntar se eu era pastor; ao dizer que não, tal pessoa disse que tinha ficado impressionada com a minha capacidade de falar em meio a outras pessoas e confessou que tinha muita dificuldade de fazer o mesmo.   

2: Quando decidi escrever esse blog tive muito medo de não ser capaz de entregar um conteúdo de valor para os irmãos em Cristo espalhados pelo Brasil e pelo mundo (para minha surpresa), pois nunca fui um bom aluno de português, na verdade eu era péssimo; ou pelo menos foi isso o que a escola me fez pensar; mas comecei a escrever mesmo assim e, pouco a pouco, o medo foi se desfazendo; eu fui aprendendo e procurando melhorar minha escrita; hoje já não temo mais escrever aqui e posso dizer que faço isso com alguma desenvoltura.

O ponto principal aqui é: Você pode criar uma estratégia personalizada para enfrentar e vencer seu medo. Espero que você tenha compreendido a essência do que estamos conversando e possa, com sabedoria aplicar isso em sua própria vida, pois todos têm seus próprios medos, menores ou maiores, isso é natural; mas a boa notícia é que podemos começar agora mesmo a deixá-los para trás simplesmente aprendendo novas maneiras de abordá-los, maneiras mais prudentes, mais simples e mais sábias; se fizermos isso venceremos todos os nossos medos e experimentaremos uma vida cheia e oportunidades incríveis em todas as áreas da nossa existência.

Lembre-se: O medo é uma ilusão, seja qual medo for, ele é sempre apenas uma ilusão. E se olharmos atentamente para ele por tempo suficiente, analisando a maneira como ele surge e age em nós, perceberemos seus padrões e pontos fracos, de modo que seremos capazes, com essa nova perspectiva, de traçar estratégias seguras para derrotá-lo de uma vez por todas.  

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