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“ ...O que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo.” Provérbios 28.20


“ ...O que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo.” Provérbios 28.20

Quais são os castigos aos quais o versículo acima está se referindo?

Não é novidade para ninguém o fato de que uma das armadilhas mais utilizadas pelo espírito do mundo para tornar as pessoas socialmente doentes, ou seja, fisicamente exaustas, mentalmente debilitadas e espiritualmente estéreis é o desejo pelas riquezas sociais; porém, nessa realidade extremamente conectada e frenética na qual estamos inseridos esse desejo foi amplificado a níveis jamais experimentados pela raça humana.

O modelo de riqueza que boa parte das pessoas têm em mente e estão perseguindo se tornou uma espécie de ídolo da cultura moderna; um tipo de abominação construída exclusivamente com base na posse e acúmulo de bens materiais exageradamente, obtenção de sonhos de consumo cada vez mais extravagantes, demonstrações públicas, físicas ou virtuais, de poder aquisitivo, ambições desmedidas, vaidades fora de controle e muitos outros comportamentos cobiçosos, loucos e nocivos como esses; logo, não é de se admirar que todos os que se empenham em desperdiçar a própria vida na busca dessas “riquezas” acabam colhendo sobre si uma quantidade esmagadora de angústias e dores muito além do que seus corpos, mentes e espíritos são capazes de suportar; como está escrito em 1 Timóteo 6.9, que diz: "Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.". E também em 1 Timóteo 6.10b, que diz: "...E nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores."São justamente essas dores (angústias) e cobiças (ganância) materializadas em quantidades cada vez maiores de desejos, conflitos e sofrimentos sentimentais, emocionais, morais, profissionais e até espirituais, o castigo que muitas dessas pessoas estão recebendo como fruto de seus pensamentos, palavras e ações totalmente desorientadas, influenciadas por essa busca alucinada pelas riquezas sociais.

A maneira inflamada como a sociedade tem incitado os indivíduos a perseguir as riquezas sociais freneticamente, ou seja, de forma apressada, insensata e inconsciente é exatamente o que vai castigá-los impiedosamente ao longo da vida, pois como está escrito em Provérbios 6.27: "Tomará alguém fogo no seio, sem que suas vestes se queimem?". Qualquer um que tentar viver em busca dessas riquezas sociais da maneira como a sociedade prega que deve ser feito sofrerá as consequências físicas, mentais e espirituais dos seus atos, pois eles não serão nada além de uma sucessão de loucuras de todos os tipos, tamanhos, modelos e "sabores".

Muitas pessoas acham equivocadamente que serão capazes de lidar com todos os efeitos colaterais gerados pela busca inadvertida e a obtenção exacerbada das riquezas sociais. Eles pensam que uma vez que tenham poder aquisitivo acima da média, capaz de sustentar suas extravagâncias e vícios sociais, todos os seus problemas, inclusive internos, serão magicamente resolvidos de uma hora para outra, mas essa maneira de pensar é apenas mais uma das ilusões perniciosas do espírito do mundo, pois a verdade é que toda essa busca desequilibrada pelas riquezas (os tesouros sociais) não passa de uma grande insanidade, uma espécie de histeria coletiva que tem sido disseminada com uma violência jamais vista, e, exigido que as pessoas que escolheram viver assim estejam constantemente sacrificando partes importantes da própria vida.

Além disso, esse estilo de vida governado pela constante perseguição às riquezas sociais acaba potencializando e alimentando todo tipo de vícios morais cujas sementes tenham sido previamente colocadas no interior das pessoas, assim sendo, indivíduos em cujo interior há sementes de ganância se tornarão gananciosos, os que possuem sementes de avareza se tornarão avarentos, os que têm semente de ambição vão ser ambiciosos e assim por diante; mas o pior é que a grande maioria das pessoas possuem, por natureza, todo tipo de sementes nocivas dentro de si; sementes tais como as da inveja, mentira, orgulho e muitas outras, logo, ao caírem nessa armadilha de apressadamente buscarem pelas riquezas sociais, todas essas sementes nocivas brotam na mente e no espírito deles, desvirtuando-os completamente do caminho que deveriam seguir para construir uma vida sob ideal. 

De fato, há muitíssimas pessoas em todas as camadas sociais cuja vida está sendo dirigida por várias dessas "sementes", que nada mais são do que características decaídas na natureza humana, que brotam a partir do nosso interior produzindo grande diversidade de espinhos mentais e espirituais na nossa vida; e a interação entre tais características acaba dando vazão a um dos traços mais perniciosos que a raça humana carrega desde a queda de Adão.

E o que seria isso?

A corrupção social.

Invariavelmente, as pessoas que se embrenham nessa cobiça alucinada pelas riquezas da sociedade apenas para satisfazer seus próprios desejos vaidosos acabam tornando-se corruptas; dê uma olhada um pouco mais criteriosa na sociedade ao seu redor e não será difícil encontrar exemplos variados, tanto entre aquelas pessoas abastadas quanto entre os que não possuem uma condição tão boa assim, indivíduos que, por causa desse amor que sentem pelas riquezas sociais e pela pressa com a qual tentam consegui-las, se dispõem a fazer todo tipo de coisas ilícitas, imorais, antiéticas e abomináveis; por isso foi escrito na parte inicial de 1 Timóteo 6.10, que diz "Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males..."; podemos ver isso nas empresas, na política, nos esportes, em hospitais, em escolas e em absolutamente todos os lugares que nos cercam, inclusive, e infelizmente, dentro de congregações, entre líderes e membros. 

Mas o que essas pessoas não sabem é que o estilo de vida, miserável, que eles escolheram seguir é justamente o maior castigo que precisam suportar sobre os ombros por todo o tempo em que se dedicarem a ele, é como caminhar pela vida carregando uma bigorna. Viver nessa cobiça alucinada pelas riquezas sociais produzirá toneladas de pesos sobre a mente e a vida deles, pesos esses que o espírito do mundo vai usar a sociedade para afirmar que são normais para os tempos modernos. Note. Quanta ansiedade está sendo sentida pelas pessoas desnecessariamente por causa das riquezas sociais? Quantas pessoas estão abrindo a própria vida às aflições sem sentido por causa das riquezas sociais? No entanto, a humanidade parece ter se conformado com a ideia de que viver ansioso e aflito é algo normal para os nossos dias; o mesmo tem acontecido com o medo, o estresse, a infelicidade e muitos outros fardos que estão castigando a mente, a saúde e a vida de todos aqueles cuja existência se resume a essa cobiça apressada (busca irracional) pelas riquezas sociais. E não se engane com a imagem de vida perfeita que eles insistem em sustentar para todos ao redor, principalmente nas redes sociais, pois mesmo aqueles que estão se "beneficiando" desse estilo de vida ensandecido e conseguindo alcançar bens, posses, fama, dinheiro, status e tudo o que a vaidade deles pede, no fundo estão enfrentando, e perdendo, batalhas mentais terríveis para esses inimigos íntimos (ansiedade, medo, nervosismo, insegurança, desespero, etc...) e sendo violentamente punidos e feridos por tais inimigos.

Mas como estão sendo punidos?

Imagine ter de viver todos os dias com a mente repleta de inquietações sentimentais e emocionais assim como tendo de se debater contra todo tipo de aflições de espírito que tornam o interior de qualquer pessoa em um verdadeiro caos. Imagine o quão difícil é ter de viver atendendo todas as expectativas sociais que estão em constante mudança todos os anos. Imagine quão pesado são os fardos que tais pessoas precisam carregar simplesmente porque se recusam a abrir mão da cobiça social, ou seja, do desejo apressado de enriquecer socialmente. Quão difícil é viver carregando esses fardos e desejando ainda mais (e cada vez mais) fardos que o espírito do mundo não exita em colocar sobre eles. Tais pessoas não se dão conta, eles acham que essa é uma vida de sucesso e riqueza do século 21, mas na verdade eles não estão vivendo; eles estão numa jaula, presos como animais. É bem verdade que a jaula de algumas pessoas é dourada, mas ainda assim é apenas uma mísera jaula e eu não consigo pensar em um castigo maior do que viver enjaulado, sendo espremido, sufocado e espancado impiedosamente por seus próprios desejos cobiçosos de riquezas sociais.

Jesus disse certa vez: "Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.".   

Muitos não suportam viver nessas jaulas do espírito do mundo em que eles entraram voluntariamente, sacrificando a paz interior, a harmonia familiar, a saúde mental e física; na verdade multidões têm sido, literalmente, consumidas por sua própria pressa cobiçosa pelas riquezas sociais. Por isso foi ensinado aos verdadeiros cristãos o que está escrito em Provérbios 23.4, que diz: "Não te canses para enriquecer...". Que também pode ser entendido como: Não te apresses para enriquecer

E por que é assim?

Eclesiastes 4.6 responde da seguinte maneira: "Melhor é uma mão cheia com descanço do que ambas as mãos cheias com trabalho e aflição de espírito.". 

Todo cristão compreende que uma pessoa não enriquece quando ganha uma grande quantidade de dinheiro ou acumula posses e tesouros sociais, na verdade, cristãos genuínos sabem que quando tais coisas acontecem na vida de muitas pessoas elas acabam ficando mais pobres do que nunca, algumas se tornam até mesmo miseráveis, como está relatado em Apocalipse 3.17, que diz: "Como dizes: Rico sou e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado e miserável, e pobre e cego e nú).". Eis o motivo pelo qual os verdadeiros cristãos mantém, conscientemente, a própria mente e espírito desapegados desse frenesi social voltado para o "enriquecimento", o foco da vida dos cristãos não está naquilo que a sociedade chama de riqueza nem tampouco na pressa com a qual a sociedade exige que as pessoas corram atrás de tais "riquezas", mas sim em cultivar um estilo de vida equilibrado e útil, como exemplo de verdade, justiça, simplicidade e diferença em relação àqueles que estão perdidos correndo aleatoriamente e apressadamente pela vida.

As riquezas sociais não são nada além de servas na mente, na casa, e na vida dos sábios, mas são mestras absolutas, terríveis e impiedosas na dos loucos, e como tal, usam toda a fascinação social que exercem sobre eles para castigá-los com cada vez mais, ganâncias, inquietações, frustrações, angústias, insatisfações, corrupções e muitos outros espinhos e aflições de espírito que mais cedo ou mais tarde os levam a ruína, seja ela, física, mental, espiritual ou uma combinação de todas elas. Como está escrito em Lucas 12.21: "Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.".

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