“...Por que não sofreis,
antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?” 1 Coríntios 6.7B
Eu sei que o texto de 1
Coríntios 6.7B fala sobre conflitos dentro
de congregações entre irmãos, mas um entendimento tão libertador quanto este
pode também ser usado em nossa relação com qualquer pessoa, seja ela de alguma congregação
ou mundana; e antes de compartilhar com vocês o que aprendi com este texto,
deixe-me contar uma experiência que tive e que me permitiu compreender tudo o
que vou falar no decorrer deste capítulo.
Certa vez fui ao shopping,
pois precisava pagar algo na lotérica. Chegando lá, havia uma pequena fila, eu entrei nela e fiquei ali aguardando minha vez de ser atendido; nesse meio
tempo uma mulher chegou atrás de mim e ao ver a fila pediu que eu guardasse o
lugar dela enquanto ela iria no caixa eletrônico de um banco que ficava ao lado
da lotérica. Eu concordei e ela foi.
Alguns momentos depois
ela retornou e ficou na fila logo atrás de mim, havia apenas uma pessoa na
minha frente e a tal mulher era, portanto, a terceira da fila; porém quando chegou
a minha vez de ser atendido; a menina do caixa chamou uma outra senhora idosa
que tinha acabado de chegar naquele exato momento para ser atendida antes de mim. Eu
não vi nenhum problema nisso, afinal todos sabemos que existe preferência nas
filas para pessoas idosas, entretanto a mulher que estava atrás de mim, aquela
mesma para quem eu tinha guardado o lugar na fila, simplesmente surtou, ela me
agrediu com um forte tapa no pescoço e começou a gritar dizendo que era para eu
não deixar que a senhora idosa fosse atendida antes de mim, porque isso iria
atrasá-la.
Aquela mulher gritava
tão alto que as pessoas que estavam passando no corredor do shopping paravam
para ver o motivo da confusão e alguns seguranças também se aproximaram para
ver o que estava acontecendo. Eu não tive reação no primeiro momento e nem
mesmo fui capaz de me virar para dizer qualquer coisa a mulher que parecia ter
perdido a sanidade apenas porque uma idosa foi atendida antes de nós.
O que você faria numa
situação como esta?
Eu, baseando-me no
entendimento contido em 1 Coríntios 6.7B, simplesmente não fiz nada e deixei a mulher
despejar toda a sua ira sobre mim fazendo o máximo de escândalo que conseguiu; lembro-me
de pensar comigo mesmo: “Não faça nada, não diga nada, deixe ela gritar.”. Foi o
que fiz, não me virei para ela, muito embora meu pescoço estivesse doendo bastante por
causa do grande tapa que recebi, mas não me virei, não discuti, não retruquei,
não fiz nada; eu simplesmente esperei o surto daquela mulher passar e começar a
diminuir, algo que demorou alguns momentos que, para mim, pareciam uma eternidade, mas de repente
a menina do caixa vendo que eu não ia discutir, nem revidar de nenhuma maneira,
me chamou para ser atendido. Esse foi o momento em que a mulher finalmente
parou com sua gritaria histérica, porque ela era a próxima.
E por que contei essa experiência?
E por que contei essa experiência?
Porque algumas vezes, certamente mais do que gostaríamos, seremos pegos ou colocados em situações como esta que citei acima, das mais diversas magnitudes, nas quais as pessoas vão, de alguma maneira, tentar nos ferir e roubar nosso equilíbrio. Ocasiões como estas ocorrem rotineiramente com absolutamente todas as pessoas que vivem na sociedade e vão desde pequenos desentendimentos até grandes confrontos, passando por todo tipo de injustiças que o espírito do mundo é capaz de mover os humanos a cometer uns com outros. Porém, em momentos como estes, um gigantesco abismo de diferença pode ser percebido entre a forma como os mundanos e pseudo-cristãos agem em comparação com a maneira como verdadeiros cristãos administram essas ocasiões de modo a controlá-las e contorná-las com sabedoria, evitando atrito, bate-boca e qualquer tipo de confronto com a pessoa que o atacou sem qualquer motivo.
E como é que os cristãos fazem isso?
Exatamente praticando o entendimento contido em 1 Coríntios 6.7B que diz: “...Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?”.
Diariamente o espírito do mundo cria certas situações desde as aparentemente mais simples e tolas até as mais elaboradas e absurdas, todas com enorme potencial de geração de conflitos e danos para tentar criar caos entre as pessoas, tanto no mundo quanto nas congregações. E é bem possível que você já tenha passado por uma ou mais situações como essa, quando alguém deliberadamente se acha no direito de tirar vantagem de você, ou de agredir você de alguma maneira, verbalmente ou mesmo fisicamente. Nessa hora os mundanos e pseudo-cristãos "mordem a isca" rapidamente e começam a debater, discutir e a retribuir a agressão sofrida com mais agressões, tanto verbalmente quanto fisicamente, seja no mundo real quanto no virtual; e, eles agem assim porque não conhecem, de fato, o que foi dito em: "A ninguém torneis mal por mal..." Romanos 12.17A, mas estão cada qual tentando fazer valer os seus direitos ou posição e operar a sua própria justiça de formas completamente intransigentes e insensatas, exatamente como o espirito do mundo, que os colocou em rota de colisão, espera que façam; para que todos estes conflitos geralmente iniciados de maneira pequena se tornem grandes litígios que devorem o tempo, o dinheiro, a saúde, o esforço, a alegria e a atenção das pessoas envolvidas, sem que consigam chegar em um acordo, pelo contrário, seja por costume, por orgulho, por vaidade ou por qualquer outro sentimento faccioso como estes, as pessoas mundanas ou de congregações preferem levar as suas diferenças geradas a partir daquelas pequenas situações cotidianas, que poderiam ser contornada com sabedoria, mas não são; até às últimas consequências.
E por que as pessoas fazem isso?
Alguns agem assim porque não querem admitir que estão errados; outros fazem porque querem provar que estão certos; alguns fazem isso motivados por aquelas "pequenas espertezas sociais", são os que querem sempre ser mais espertos do que todos, e tirar vantagem das outras pessoas a todo custo; mas também há os que foram vítimas da esperteza social de alguém e desejam revidar; também há aqueles que desejam simplesmente atacar e ferir outras pessoas apenas por não concordar com algum aspecto da vida alheia; atualmente estas pessoas também são conhecidas no mundo virtual como "Haters", mas não se engane, não é só na internet que eles existem. E por fim, há aqueles que já foram atacados, ofendidos e feridos, pela ignorância ou intolerância, ou se sentiram atacados e ofendidos por alguém e tiveram sua ira acesa para confrontar seus agressores ou supostos agressores. E não podemos nos esquecer que há os que simplesmente fazem isso apenas por fazer, sem motivo algum.
O ponto aqui é que nenhuma destas pessoas citadas acima jamais vão admitir sofrer o dano e a injustiça calados, sem revidar, para encerar a questão; todos eles vão querer sair vitoriosos, cada qual segundo a sua própria perspectiva distorcida de vitória e justiça, sem perceber que ao escolher continuar reagindo, se digladiando e batalhando com os outros, seja por quais "motivos" forem, muitas vezes por coisas completamente banais e sem propósito real, terminam gerando um elevado nível de atrito que acaba afetando-os muito mais do que imaginam, assim como, ajudando a sobrecarregar suas vidas com muito mais angústias, raiva, ira, ódio, indignação e outros sentimentos, pensamentos e emoções nocivas que de nada servem, além de distraí-los de construir e viver uma existência pacífica focada no que realmente é relevante e orientada para lutar apenas nas batalhas certas, decisivas, e não em todas as que se apresentam diante deles, como fazem os tolos.
Cristãos verdadeiros, por outro lado, possuem uma incrível capacidade de suportar danos e injustiças de uma forma tão centrada e inabalável que, muitas vezes são considerados como loucos por não revidarem aos ataques, agressões e toda gama de espertezas que os mundanos e pseudo-cristãos lançam sobre eles; mas isso acontece porque como bem sabemos "O homem natural não compreende as coisas do espírito de Deus, porque lhe parecem loucura..." 1 Coríntios 2.14; ou seja, quando um cristão verdadeiro se depara com alguma situação em que outras pessoas estão tentando se aproveitar de sua boa fé ou agredi-los gratuitamente, mesmo com coisas do cotidiano como um vendedor que os tratou mal em alguma loja, ou um motorista que queira cobrar a mais pela corrida, ou um mecânico, pedreiro, pintor, eletricista ou outros prestadores de serviço tentem se aproveitar para tirar vantagem indevida. Enquanto os mundanos e os pseudo-cristãos vão se ofender rapidamente, discutir e buscar por seus direitos a ferro e fogo, entrando no jogo do espírito do mundo e tornando toda aquela situação muito maior e mais danosa para ambos do que deveria ser; os cristãos genuínos simplesmente vão preferir sofrer o dano inicial, mas aprenderão com a situação e não mais utilizarão os serviços daquele que os enganou, nem se aproximarão mais daqueles que os atacaram e feriram, porém farão isso de forma educada e sem que haja qualquer tipo de desgaste ou embate verbal, e muito menos físico no processo; pois está escrito: "Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses." Mateus 6.29. Esse comportamento preserva a paz, a tranquilidade e o equilíbrio interno e externo que são tão importantes para manter o nosso dia a dia em um alto nível de alegria e produtividade. E é também essa forma de agir que os mundanos e pseudo-cristãos não compreendem, pois eles amam criar e alimentar todo tipo de atritos e contendas, assim como transformar situações que poderiam ser facilmente contornadas com sabedoria em batalhas gigantescas e dispendiosas para todas as partes envolvidas.
Cristãos não ligam para pequenas importunações, e quando não as podem evitar, simplesmente não as tornam maiores do que são; cristãos passam por cima de tudo isso e, por vezes, sofrem o dano e a injustiça, mas nem por isso são abalados, pelo contrário, eles continuam vivendo suas vidas com a maestria que Cristo os ensinou, pela Palavra Sagrada, a demonstrar; e deixando que os outros que tentaram se aproveitar e, ou, agredi-los, acabem sendo constrangidos sozinhos por seus próprios atos de ignorância e tolice.
Vivendo dessa maneira; enquanto muitos estarão esgotando suas forças fisicamente, mentalmente e espiritualmente, lutando contra todas as pequenas batalhas que surgirem diante deles e as tornando maiores do que deveriam ser, apenas para não sofrer um pequeno e inofensivo dano ou injustiça; nós, cristãos, seremos como a pessoa que ao escalar uma montanha não se importa com pequenos arranhões e feridas recebidas no trajeto, porque estão muito ocupados subindo ao topo, assim também nós, teremos vitalidade de sobra para nos concentrarmos apenas em nosso caminho que é para cima, assim como em nossa missão e objetivo, para lutar apenas as poucas batalhas que realmente importam serem travadas na vida, aquelas que realmente estão relacionadas com nosso propósito maior e nos levarão ao lugar e a posição que Jesus determinou para nossa vida, o "topo de nossa montanha", de modo que dessa posição possamos ter uma visão melhor e mais ampla para ajudar aos outros ao redor a também alcançar o "topo de suas montanhas".
Cristãos verdadeiros, por outro lado, possuem uma incrível capacidade de suportar danos e injustiças de uma forma tão centrada e inabalável que, muitas vezes são considerados como loucos por não revidarem aos ataques, agressões e toda gama de espertezas que os mundanos e pseudo-cristãos lançam sobre eles; mas isso acontece porque como bem sabemos "O homem natural não compreende as coisas do espírito de Deus, porque lhe parecem loucura..." 1 Coríntios 2.14; ou seja, quando um cristão verdadeiro se depara com alguma situação em que outras pessoas estão tentando se aproveitar de sua boa fé ou agredi-los gratuitamente, mesmo com coisas do cotidiano como um vendedor que os tratou mal em alguma loja, ou um motorista que queira cobrar a mais pela corrida, ou um mecânico, pedreiro, pintor, eletricista ou outros prestadores de serviço tentem se aproveitar para tirar vantagem indevida. Enquanto os mundanos e os pseudo-cristãos vão se ofender rapidamente, discutir e buscar por seus direitos a ferro e fogo, entrando no jogo do espírito do mundo e tornando toda aquela situação muito maior e mais danosa para ambos do que deveria ser; os cristãos genuínos simplesmente vão preferir sofrer o dano inicial, mas aprenderão com a situação e não mais utilizarão os serviços daquele que os enganou, nem se aproximarão mais daqueles que os atacaram e feriram, porém farão isso de forma educada e sem que haja qualquer tipo de desgaste ou embate verbal, e muito menos físico no processo; pois está escrito: "Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses." Mateus 6.29. Esse comportamento preserva a paz, a tranquilidade e o equilíbrio interno e externo que são tão importantes para manter o nosso dia a dia em um alto nível de alegria e produtividade. E é também essa forma de agir que os mundanos e pseudo-cristãos não compreendem, pois eles amam criar e alimentar todo tipo de atritos e contendas, assim como transformar situações que poderiam ser facilmente contornadas com sabedoria em batalhas gigantescas e dispendiosas para todas as partes envolvidas.
Cristãos não ligam para pequenas importunações, e quando não as podem evitar, simplesmente não as tornam maiores do que são; cristãos passam por cima de tudo isso e, por vezes, sofrem o dano e a injustiça, mas nem por isso são abalados, pelo contrário, eles continuam vivendo suas vidas com a maestria que Cristo os ensinou, pela Palavra Sagrada, a demonstrar; e deixando que os outros que tentaram se aproveitar e, ou, agredi-los, acabem sendo constrangidos sozinhos por seus próprios atos de ignorância e tolice.
Vivendo dessa maneira; enquanto muitos estarão esgotando suas forças fisicamente, mentalmente e espiritualmente, lutando contra todas as pequenas batalhas que surgirem diante deles e as tornando maiores do que deveriam ser, apenas para não sofrer um pequeno e inofensivo dano ou injustiça; nós, cristãos, seremos como a pessoa que ao escalar uma montanha não se importa com pequenos arranhões e feridas recebidas no trajeto, porque estão muito ocupados subindo ao topo, assim também nós, teremos vitalidade de sobra para nos concentrarmos apenas em nosso caminho que é para cima, assim como em nossa missão e objetivo, para lutar apenas as poucas batalhas que realmente importam serem travadas na vida, aquelas que realmente estão relacionadas com nosso propósito maior e nos levarão ao lugar e a posição que Jesus determinou para nossa vida, o "topo de nossa montanha", de modo que dessa posição possamos ter uma visão melhor e mais ampla para ajudar aos outros ao redor a também alcançar o "topo de suas montanhas".
Parabens pela reflexão. Muito inspirador. Certamente edificou a minha vida e creio que edificará também a vida de muitos irmãos! Deus lhe abençoe.
ResponderExcluirOlá Allan!
ExcluirFico contente em saber que você gostou do texto.
Obrigado por deixar seu comentário aqui.
Que nosso poderoso Deus dê a você paz, saúde, sabedoria e sucesso.
Como me edificou esse texto! Obrigada. Sempre coloquei esse versículo como lema pra minha vida.
ResponderExcluirOlá!
ExcluirSeja muito bem-vinda ao blog e obrigado por deixar seu comentário aqui.
É bom saber que o texto foi útil a você; agradeço a Deus por isso.
Que o Altíssimo dê clareza, consciência e lucidez de pensamento a você.
Grande abraço.😊