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Ego transformado (Livro). - A humildade que brota do evangelho e traz a verdadeira alegria. - (Dica de leitura)



Esse texto não é uma análise do livro, mas sim uma dica de leitura que acredito que seja válida e benéfica para todos quanto querem aprender um pouco mais sobre como se desvencilhar do Ego que há dentro de si.

O Ego transformado é um livro bem curto e rápido de ser lido, com apenas 38 páginas na versão digital e 48 na versão física; possui uma escrita simples e de fácil compreensão; é o tipo ideal de leitura para os dias atuais, principalmente para quem não tem muito tempo; pois vai direto ao ponto e não fica "empilhando" palavras desnecessariamente apenas para prender leitor.

O livro se divide em três capítulos.

O primeiro capítulo se chama: A condição natural do Ego humano.

Nele o autor Timothy Keller começa afirmando que a condição natural do Ego humano consiste em quatro características, que são: Ele é vazio, dolorido, atarefado e frágil. O autor usa as palavras do apóstolo Paulo em 1 Coríntios 4.6 como ilustração enquanto discorre rapidamente sobre cada uma dessas características que formam o Ego de todas as pessoas.

O segundo capítulo é intitulado: A visão transformada do eu.

Nesse capítulo o autor mostra que o "eu", ou seja, o Ego que há em cada pessoa gosta de jogar o jogo da dualidade entre a baixa autoestima e a autoestima elevada, jogo esse que a sociedade implanta nos indivíduos para que pensem equivocadamente que a falta de autoestima é um problema que só pode ser resolvido elevando-a até determinado patamar, de modo que muitos ficam tão distraídos com esse jogo mental pernicioso que nem se dão conta de que tanto a baixa autoestima quanto a autoestima elevada são duas faces da mesma moeda; e essa moeda pertence ao Ego humano.

Assim, usando o texto de 1 Coríntios 4.1-4 como base desse capítulo, o autor mostra que o apóstolo Paulo conseguiu perceber que tal jogo do Ego é sustentado por opiniões, tanto as que as pessoas têm a nosso respeito, quanto as que temos de nós mesmos, e isso é o que, de alguma forma, "regula a posição" mental que cada ser humano ocupa no "jogo de autoestima do Ego", ou seja, quanto mais as pessoas ao nosso redor, ou nós mesmos, nos vemos de uma maneira alinhada com os padrões, conceitos e propósitos estabelecidos pela sociedade, mais autoestima temos; porém, quanto menos nos vemos de maneira alinhada com o que a sociedade determina, menor tende a ser a nossa autoestima. Entretanto, o livro demonstra que Paulo escapou desse jogo ao compreender que esse tipo de pensamento social confuso não passa de mais uma das inúmeras armadilhas do espírito do mundo; e mostra como o apóstolo pensava e agia para permanecer livre, e imune, à essa mentalidade nociva com todos os efeitos que ela provoca; nesse ponto o autor mostra o conceito central do livro, que ele chama de o autoesquecimento, ou, a humildade do evangelho; que é justamente a visão transformada do eu.

E isso nos leva ao terceiro, e último, capítulo; chamado: Como alcançar uma visão transformada do eu?

Nesse capítulo o livro mostra que, se desejamos realmente alcançar uma visão transformada do eu, então, como Paulo, temos de, conscientemente e voluntariamente, abrir mão do jogo psicossocial da autoestima, ou seja, temos de compreender que viver baseando nosso senso de identidade de acordo com o julgamento que as pessoas fazem de nós, ou mesmo com o que fazemos a nosso próprio respeito, nos mantém, e manterá, sempre impotentes e a mercê das investidas da nossa mente, do Ego que há em nós; de modo que se Jesus vive em nós, nossa atenção não deve estar colocada nas opiniões, julgamentos e vereditos de terceiros a nosso respeito, nem tampouco naqueles que fazemos de nos mesmos, pois muito mais vezes do que podemos notar, tais opiniões, julgamentos e vereditos estão, de alguma forma, corrompidos; assim, a única coisa que nos cabe fazer é perceber que nossa verdadeira identidade é totalmente independente de todas as questões psicossociais com as quais temos de lidar diariamente. Quando essa compreensão se tornar suficientemente clara e sólida em nós, ela será traduzida em uma liberdade mental definitiva, que é a separação irreversível entre o nosso verdadeiro Eu e o Ego que há em nós.

Ao nos esquecermos (deixar de odiar e de amar) o Ego que há em nós, encontramos o verdadeiro caminho para descobrir quem nós realmente somos.


Sinopse do livro

Quais são as marcas de um coração sobrenaturalmente transformado?

Essa é uma das questões sobre as quais o apóstolo Paulo trata quando escreve à igreja de Corinto. O interesse real dele não é algum tipo de reparo ou remendo; antes, uma mudança profunda, capaz de transformar a existência.

Numa era em que agradar as pessoas, insuflar o ego e montar o curriculum vitae são vistos como os meios para "chegar lá", o apóstolo nos chama a encontrar o verdadeiro descanso na bênção que é nos esquecermos de nós mesmos.

Neste livro breve e contundente, Timothy Keller mostra que a humildade que brota do evangelho torna possível pararmos de vincular cada experiência e cada conversa com a nossa história e com quem somos. E assim podemos ficar libertos da autocondenação. Quem é realmente humilde segundo o evangelho não se odeia, mas também não se ama... é, antes, alguém que esquece de si mesmo. Você também pode conquistar essa liberdade.

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