“Ao SENHOR empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício.” Provérbios 19.17
“Ao
SENHOR empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício.”
Provérbios 19.17
Qual é o melhor
investimento que uma pessoa pode fazer?
Atualmente vivemos em
um tempo com tantos gurus e “coaches” financeiros ensinando e doutrinando as
multidões que praticamente qualquer um poderia responder a pergunta acima com
um vasto “cardápio” repleto de opções financeiras de investimento de todos os
tipos, desde títulos públicos, passando por fundos imobiliários, ações, previdência,
CDBs, e muitos outros.
Há também um grande
número de pessoas que defende que o melhor investimento que alguém pode fazer é
em si mesmo, aprendendo novas habilidades, como um novo idioma, ou
adquirindo e refinando suas capacidades,
pois assim é possível ter um melhor retorno do tempo, dinheiro e esforço
investido. Mas deixe-me refazer aquela pergunta inicial.
Para um cristão(ã)
legítimo(a), qual é o melhor investimento que ele(a) pode fazer na vida?
Por mais que adquirir novos conhecimentos e habilidades, ou refinar e lapidar as que já possuímos, seja sim algo extremamente importante, assim como, conhecer e compreender bem algumas opções de investimento financeiro possa ser muitíssimo útil para ajudar na construção de um patrimônio monetário sólido para qualquer um; os cristãos legítimos entendem que há um tipo de "investimento" muito mais precioso, ao qual eles sempre vão se dedicar; um "investimento" que rende muito mais do que as pessoas que não o conhecem, ou não o compreendem, jamais poderão imaginar; porque tal investimento gera dividendos (frutos) benéficos que servem tanto para a nossa vida física, quanto mental e até espiritual.
E que investimento é esse?
Ajudar ao próximo; ou usando os termos descritos em Provérbios 19.17: "Se compadecer do pobre".
A compaixão é uma das virtudes que estão no centro do coração de todo cristão verdadeiro, e ao contrário do que muitos pensam, ela não é um sentimento, mas sim uma virtude, um impulso diretamente inspirado pelo amor que alguém tem por seus semelhantes. Toda pessoa que nutre e cultiva a compaixão está sempre inclinada a ajudar e contribuir, de alguma maneira, para ajudar as pessoas que estejam passando por necessidades.
Cristãos legítimos compreendem que a prática da compaixão, através das boas obras, "rende" benefícios para todos os envolvidos em tais ações, tanto para os que ajudam quanto para aqueles que são ajudados; e esses benefícios, ou frutos, gerados pela compaixão vão muito além daquilo que podemos ver. Eis alguns exemplos:
* Compaixão gera gratidão: Quase sempre que alguém que está em necessidade é ajudado, tal pessoa desenvolve uma profunda sensação de gratidão, que, por sua vez, produz um estado mental de abertura para que outras virtudes do amor possam florescer com mais facilidade.
* Compaixão produz satisfação: Se você já fez algo importante em prol de alguém em necessidade então já sabe do que estou falando aqui, pois todo ato de compaixão que praticamos aquece nosso coração de tal forma que, por um período, passamos a nos sentir completos; é uma sensação de plenitude que só pode ser alcançada através da compaixão; embora muitos, influenciados pela sociedade, estejam tentando alcançar tal plenitude através de todo tipo de excessos e acúmulos.
* Compaixão rende adoração: Quando a compaixão é materializada em forma de boa ação em favor do próximo, pelos cristãos, qualquer um que receba tal boa ação, mesmo as pessoas que estão vivendo aleatoriamente na sociedade mundana, mesmo aqueles indivíduos que se recusam a reconhecer a existência e a soberania absoluta de Deus, conseguem ver claramente a benevolência do SENHOR sendo manifesta entre nós, e isso, por sua vez, rompe a resistência que eles possuem, produz uma conexão de afeto e gera um entusiasmo tal que eles são inspirados a adorar a Deus de alguma maneira; por isso também foi escrito em Mateus 5.16 o texto que diz: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso pai, que está nos céus.".
Na verdade, a compaixão produz muitos outros "dividendos" maravilhosos além destes citados acima, pois uma vez que praticar a compaixão é como uma espécie de "investimento" no Reino de Deus, então, o próprio Deus é quem "remunera" esse "investimento", pois como foi afirmado no em Provérbios 19.17: "Ao SENHOR empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício.".
E como Deus faz isso?
Fazendo com que o nosso coração seja inundado e fortalecido pela alegria, pela paz, pelo equilíbrio, pelo contentamento, e por tantas outras virtudes divinas protetoras, importantíssimas, sem as quais ninguém é realmente capaz de viver em plenitude.
Muitas pessoas têm se dedicado às boas obras apenas esperando que o SENHOR os recompense financeiramente, mas essa é uma forma muito superficial e limitada de pensamento. Sim, é verdade que em muitas ocasiões Deus pode realmente nos abençoar financeiramente por alguma boa ação que praticarmos, mas esse jamais será o objetivo principal na mente dos verdadeiros cristãos; toda boa obra que praticarmos deve ser feita inspirada apenas pela compaixão, que por sua vez, é parte do amor divino que há dentro de nós, em favor da humanidade; e nesse sentido, a própria boa obra já é a recompensa para nós; não que Deus não vá nos abençoar além do que pedimos ou pensamos, porque Ele vai; mas o ponto é que nossa mente e o nosso espírito já estarão contentes, alegres, felizes e em paz apenas por sermos capazes de, mesmo com pouco, cada qual segundo suas capacidades, ajudarmos alguém que esteja em alguma situação mais difícil do que a nossa.
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