Pular para o conteúdo principal

“O que é direito escolhamos para nós, e conheçamos entre nós o que é bom.” Jó 34.4



“O que é direito escolhamos para nós, e conheçamos entre nós o que é bom.” Jó 34.4

Faz séculos que o espírito do mundo, por meio da sociedade, vem influenciando a humanidade de incontáveis formas e maneiras, mas certamente, nas últimas duas décadas, esse processo se intensificou massivamente em todas as direções.

Não resta dúvida de que a evolução humana através do tempo é uma bênção, mas todo o ruído e interferência criados pelo espírito do mundo durante o processo é algo extremamente nocivo sob todos os aspectos, visto que têm a função de estilhaçar a atenção das pessoas, distraindo-as e confundindo-as o máximo possível, interna e externamente.

Tal confusão ruidosa afeta e se ramifica profundamente nas três esferas de existência dos indivíduos, no espírito, na alma e no corpo, tornando as pessoas incapazes de fazer as melhores escolhas na vida, assim como impede que tenham conhecimento do que é verdadeiramente bom para seu pleno desenvolvimento nas mais variadas áreas.

O fruto dessa confusão pode ser facilmente percebido na vida dos mundanos, assim como, na de muitos dentro de congregações, pois que eles se tornam foco de embaraços, desordem e desavenças com outras pessoas onde quer que estejam; além disso, a forma como vivem é naturalmente confusa, eles acreditam, por exemplo: Que sucesso é o mesmo excesso; acham que são capazes de realizar todas as tarefas absurdas e desnecessárias que a sociedade lança sobre seus ombros; enxergam a simplicidade como um grande defeito, uma falha de caráter ou um pecado mortal e pensam que essa maneira caótica de viver em total desequilíbrio emocional, profissional, pessoal, sentimental e espiritual seja a mais adequada para alcançar seus sonhos de vaidade e ambiciosos objetivos pessoais/sociais; simplesmente porque, desde a infância, estão vendo outros ao redor agindo da mesma maneira. Eles nunca param para pensar e refletir profundamente sobre o que é mais correto especificamente para a vida deles; apenas seguem a multidão.

O que estas pessoas não percebem é que basear as escolhas que fazem na vida, tanto as do cotidiano quanto aquelas mais esporádicas, nesse estilo confuso que a sociedade prega como correto vai fazer com que entrem e se percam repetidamente em labirintos mentais, sociais e espirituais; na medida em que estão, cada vez mais, perdendo a capacidade de discernir o que é realmente essencial daquilo que é banal. E uma vez que não conseguem fazer essa distinção claramente acabam sempre fazendo escolhas ruins no que diz respeito a qualquer área da vida, e estas escolhas ruins os fará correr em círculos e enfrentar todo tipo de contendas, batalhas desnecessárias e sem nenhuma importância real, assim como transformará o caminho deles em uma grande sucessão de tortuosidades e adicionará muito peso extra sobre a vida deles.

Tudo isso acontece apenas porque tais pessoas não sabem, nem se interessam em saber o que, de fato, é bom especificamente para a vida deles, desvencilhando-se da multidão; independentemente do que a sociedade diga; assim como por sempre fazerem escolhas rasas e procurarem atalhos que não estão alinhados com quem realmente são, com quem Deus os criou para ser e com o tipo de vida que O Criador deseja que tenham. A verdade é que tais pessoas passam pela vida como se ela própria fosse um gigantesco labirinto, desperdiçam seus anos de existência vagando aleatoriamente, correndo atrás de sombras, fumaça, vento e miragens, que são as glórias sociais e os tesouros mundanos que supostamente são sinais de uma vida bem sucedida, ao menos na visão mundana.

E como fugir desses labirintos?

Usando a essência das palavras relatadas em Jó 34.4, que diz: “O que é direito escolhamos para nós, e conheçamos entre nós o que é bom.”. Em outras palavras, devemos cultivar o discernimento para compreender, encontrar e escolher as coisas e os caminhos realmente bons e direitos, especificamente, para nossa vida. As coisas e os caminhos realmente adequados a quem somos em Cristo, tendo sempre em mente que somos indivíduos únicos criados por Deus para experienciar a vida de maneira equilibrada e extremamente personalizada, e, não através dos pacotes padronizados da sociedade.

Todas as nossas interações e experiências na família, no emprego, na escola ou faculdade, na congregação, entre parentes, colegas, amigos e mesmo com pessoas desconhecidas que cruzam nossa vida diariamente devem ser cultivadas sempre sob a perspectiva de que devemos conhecer plenamente o que é bom para nós em nossas escolhas individuais, ou nestas interações, devem ser direitas, ou seja, justas, dignas, retas, honrosas, adequadas a quem somos, ao estilo de vida que vivemos e, principalmente, alinhadas com os interesses e a vontade de Deus para nós, pois é boa, agradável e perfeita, como relatado em Romanos 12.2: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.".

E por que devemos agir assim?

Porque conhecendo o que é bom e escolhendo sempre o que é direito para nossa vida e em nossas interações com aqueles ao nosso redor, o que não necessariamente será aquilo que dizem que é ou que deveria ser, seremos capazes de agregar valor real à nossa própria existência e, como consequência, à dos outros; teremos condições de nos desviar de toda a confusão pessoal que o espírito do mundo usa a sociedade para semear na vida das pessoas, viveremos com mais leveza, virtude, propósito, liberdade e satisfação, assim como, conseguiremos genuinamente ajudar outros a construir um estilo de vida que possa produzir estes mesmos benefícios sobre eles.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

“...Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” Mateus 18.20

“...Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” Mateus 18.20 Neste texto nós vamos conversar um pouco sobre os benefícios que uma congregação saudável produz na vida de todos aqueles que fazem parte dela; e tenha em mente que congregar significa justamente se reunir com outras pessoas em nome de Jesus, como relatado em Mateus 18.20. Em vários dos textos que tenho compartilhado aqui, procurei falar sobre como o espírito do mundo se infiltrou nas congregações através dos séculos para corromper os sentidos daqueles que as compõem e desvirtuá-los de seguir o verdadeiro caminho de Cristo Jesus, induzindo muitos a praticar todo tipo de estranhezas, distorções da Palavra, e até, a desistir de congregar. Por isso também foi escrito que: "E vindo o dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, Veio também Satanás entre eles." Jó 1.6 Quais são os benefícios de uma congregação saudável? Na verdade a lista de

A alegria do SENHOR é a vossa força. Neemias 8.10

"...Portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força." Neemias 8.10 No cristianismo há duas relações diretas que afetam grandemente a nossa vida caso tenhamos o devido conhecimento delas para usarmos da forma correta e a nosso favor. E que relações são estas? Como você já deve imaginar por causa do título deste texto estamos falando de alegria e força , assim como de tristeza e fraqueza, ou seja, alegria é igual a força e tristeza é igual a fraqueza; porém o foco de nossa conversa será completamente sobre as duas primeiras.  Cristãos conhecem profundamente isso e usam este entendimento a seu favor; o meu desejo ao escrever este texto é que você também possa fazer o mesmo de modo a fortalecer sua vida cada vez mais. Algumas pessoas podem ter certa dificuldade em entender a necessidade vital que os cristãos têm de se alegrar, de proteger e multiplicar a alegria; tais pessoas podem perguntar: Por que devo me alegrar se as c

Pedis e não recebeis, porque pedis mal... Tiago 4.3

"Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites." Tiago 4.3 Esta, sem dúvidas, é uma das frases mais conhecidas do livro de Tiago, mas durante algum tempo tive certa dificuldade de me aprofundar na grande lição contida nela. Será que você já conseguiu extrair deste versículo algo além daquilo que está na superfície? É o que tentaremos fazer agora. Creio que o hábito de pedir seja o mais intuitivo, natural e automático que possuímos, principalmente porque Jesus disse: "Pedi e dar-se-vos-a..." ; "o que pede recebe" e ainda, "tudo que pedirdes em meu nome eu o farei..." Somos ensinados e acostumados a pedir; há alguns até que se tornam viciados em fazê-lo, alguns tratam o Senhor absoluto do universo como se Ele fosse uma espécie de "gênio da bíblia", ou seja, na mentalidade destas pessoas Deus serve apenas para realizar seus desejos não importando o quão banais, vaidosos, egoístas, hedonista