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“...Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.” Josué 24.15




“...Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.” Josué 24.15

Como podemos aplicar o conceito contido em Josué 24.15 na nossa vida de acordo com o atual contexto e panorama demonstrado pela sociedade?

Cada vez mais eu tenho encontrado pessoas dentro das mais diversas congregações e que estão ficando profundamente incomodadas e preocupadas com as mudanças que têm ocorrido nos mais diversos níveis da sociedade atualmente, sejam mudanças econômicas, comportamentais, políticas, culturais, entre outras. Estas pessoas estão vendo uma espécie de movimento orquestrado para desorganizar a sociedade visando moldá-la de acordo com as vontades, os desejos, as ambições, as ganâncias e todas as vaidades e concupiscências dos próprios mundanos, alterando princípios, conceitos e valores elevados, substituindo-os por uma série de comportamentos animalescos, cada qual tentando impor a seus semelhantes a sua própria visão de mundo e de sociedade, o que está gerando todo tipo de confrontos violentos tanto no campo ideológico quanto no campo físico, seja por meios convencionais ou por meios digitais, que estão acirrando cada vez mais os ânimos dos grupos e das minorias que buscam qualquer tipo de representatividade social. 

O pior é que estas batalhas por domínio e hegemonia social sobre os demais grupos estão sendo vistos com a maior naturalidade e normalidade entre os ativistas e militantes de todos os grupos da sociedade, tanto os ativistas de causas ligadas ao meio ambiente, quanto os ligados aos direitos humanos, as feministas, os ligados a causa dos negros, os ativista da causa dos pobres em situação de risco, as mais diversas torcidas organizadas tanto dos clubes de futebol quanto de diversas outras agremiações, grupos evangélicos diversos, assim como os de outras religiões; correligionários de praticamente todos os partidos políticos e muitos outros. 

Todos dizem condenar e não compactuar com o confronto e as batalhas irracionais que estão ocorrendo entre eles, mas, na realidade, se comportam exatamente de modo contrário,  manipulando as multidões e, muitas vezes, incitando dissimuladamente que hajam debates ferrenhos e batalhas em programas de televisão, na internet, nos corredores dos poderes executivo, legislativo e judiciário, e algumas vezes, até mesmo pelas ruas, sem perceber que toda essa guerra caótica que, direta ou indiretamente, estão patrocinando sob a alegação de que estão fortalecendo as instituições da sociedade rumo ao progresso, ou defendendo os interesses da coletividade e a construção de uma evolução social mais sólida; está, na verdade, e apenas, fragmentando a sociedade em estilhaços cada vez menores e mais frágeis. E toda essa divisão produzida por tais grupos foi cuidadosamente elaborada pelo próprio espírito do mundo que é quem está manipulando propositalmente todas as peças desse tabuleiro visando unicamente a degradação total da sociedade e a aniquilação de cada indivíduo envolvido em todo esse processo; primeiramente a aniquilação social dos grupos e minorias que batalham entre si nessa guerra sem sentido, em seguida, a aniquilação mental individual de cada pessoa envolvida no processo, e por fim, a aniquilação física propriamente dita; porque ele sabe que, como foi escrito: "...Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá." Mateus 12.25

Quanto mais estes diversos grupos sociais, políticos, religiosos, culturais, profissionais e econômico lutarem entre si para tentar moldar a sociedade cada qual segundo sua própria vontade, defendendo apenas os próprios interesses e tentando disseminar unicamente a sua própria visão de mundo, tentando forçar os demais a viver sob uma realidade com leis, regras, conceitos e toda sorte de comportamento que não favoreçam e contemplem igualmente a todos; mais intransigência, intolerância, confrontos e caos social haverá; ou seja, mais as coisas se degradarão.

Muitos dentro de congregações têm visto os rumos que a sociedade está tomando e, por medo de serem perseguidos, dominados, feridos e obrigados a viver socialmente sob o jugo dos mundanos; estão aderindo exatamente às mesmas práticas, estão entrando no mesmo "jogo" de debates, contendas, provocações, insultos, injustiças e toda sorte de maldades que os de fora e partindo para o combate na esperança de que possam, de alguma forma, tomar o controle da sociedade para impedir que ela se corrompa. O problema é que estas congregações, por estarem batalhando exatamente no mesmo nível de pensamento dos mundanos e ocupando os mesmos "territórios" dos demais grupos sociais; territórios estes que são partes do mesmo tabuleiro do espírito do mundo; não conseguem perceber que a sociedade mundana pertence ao espírito do mundo, como foi dito em: "...Todo o mundo está no maligno." 1 João 5.19, isso significa que não adianta tentar governá-la para usar meios naturais no sentido de tentar impedir que se corrompa, porque, de um jeito ou de outro os mundanos e a sociedade mundana vão se degradar e se corromper para tomar a forma daquele que a governa escondido nas sombras. Tentar impedir que isso aconteça tomando parte no "jogo" é, na melhor das hipóteses, desperdiçar energia preciosa, e os verdadeiros cristãos sabem disso.

E como os verdadeiros cristãos se comportam diante de todo esse panorama social?

Os cristãos genuínos sabem perfeitamente que ninguém pode vencer o espírito do mundo se também estiver jogando nos "jogos" dele, e é exatamente por este motivo que os cristãos simplesmente não se envolvem em todas estas disputas, polêmicas, batalhas, debates e confrontos que estão devastando tanto a sociedade quanto as congregações que se dão as mesmas práticas; cristãos procedem de acordo com o que está escrito em: "Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar aquele que o alistou para a guerra." 2 Timóteo 2.4, ou seja, nossa guerra, como cristãos, não é, nem de longe, a mesma guerra que os mundanos, os falsos e pseudocristãos insistem em travar uns contra os outros todos os dias nos mais diversos meios; nossa militância, como diz o versículo que acabei de citar, não é contra pessoas de outros partidos, de outras igrejas, de outras religiões, de outros times, de outras ideologias; nossa militância não é terrena em nenhuma de suas esferas. 

Os cristãos verdadeiros estão travando uma batalha que os mundanos, os falsos e pseudocristão não conseguem ver, nem tampouco compreender, como está escrito: "...Não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade..." Efésios 6.12; e, portanto, cristãos legítimos não usam as mesmas armas, os mesmos recursos, os mesmos argumentos, os mesmos caminhos, os mesmos pensamentos, as mesmas justificativas e as mesmas ações que mundanos para batalhar; ou seja, as armas dos cristãos não são os debates, as contendas, os confrontos, a política, os protestos, os insultos, as provocações ou os processos judiciais como os mundanos e os falsos e pseudocristãos costumeiramente fazem; pois nossa batalha é travada em outro território, um território superior, o território da Luz, como está escrito na parte final de Efésios 6.12, que diz : "...nos lugares celestiais."; onde as únicas armas realmente efetivas são as armas da Luz, como, por exemplo, a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, pois está escrito: "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para a destruição das fortalezas..." 2 Coríntios 10.4; as verdadeiras armas dos cristãos são as boas obras, a equidade, a paciência, a misericórdia, o altruísmo, a compaixão, a bondade, a benignidade, a generosidade, a caridade, a verdade, a justiça, e outras semelhantes.

Tanto os mundanos quanto os falsos e pseudocristãos que estão na sociedade alegam que se não tomarem parte na batalha, se não marcarem suas posições bem claramente diante dos outros, se não usarem as armas naturais e os mecanismos legais de que dispõe, e se não exercerem o máximo de controle que puderem sobre os demais, então seus inimigos o farão, degradarão a sociedade e os obrigarão a viver segundo as regras deles impondo aos dominados todo tipo de aflições e perseguições. Embora esse argumento seja racionalmente plausível, não é assim que os verdadeiros cristãos pesam, porque sabem que toda a sociedade pertence aos mundanos, governados sorrateiramente pelo espírito do mundo, e, portanto, não há como impedir que ela se corrompa e se degrade, além disso, sabem também que justamente por este motivo foi escrito que: "...No mundo tereis aflições..." João 16.33B; ou seja, justamente por não se envolverem e não tomarem qualquer parte nas guerras sociais, os cristãos genuínos serão afligidos de toda forma, como já aconteceu diversas vezes no passado, mas um fato que somente tais cristãos genuínos sabem é que essas aflições, que os falsos e pseudocristãos estão tentando evitar de sofrer, não são capazes de afastar os verdadeiros servos de Cristo de viver uma vida plena, digna, ética, justa, honrada, piedosa, benigna e alegre para com todos ao redor.

Independentemente de quanto a sociedade com seus vários grupos, facções e minorias, políticas, religiosas, étnicas, econômicas, esportivas e outras, se enfrentem e corrompam tudo ao redor deles, arrastando a própria sociedade para uma tempestade de caos; os cristãos verdadeiros continuam inabaláveis emanando a Luz de Jesus através de suas boas obras e palavras de vida e paz para todos ao redor, porque foi escrito: "Vós sois a luz do mundo..." Mateus 5.14A. Isso significa que não importa o quão caótica e degradada a sociedade esteja ou se torne, não importa o quão forte os ventos das batalhas soprem sobre eles, ou o quão violentamente as ondas de insultos e injustiças se choquem contra eles, ou o quão intensas sejam as chuvas de corrupções caindo por toda parte ao redor deles, ou o quão perigosos sejam os relâmpagos de provocações que os atinjam, ou quão alto soem os trovões das ameaças, e nem mesmo o quão sombrias as nuvens da sociedade se tornem; cada cristão verdadeiro, juntamente com sua família, simplesmente continuarão vivendo como faróis celestiais na terra, sem se abalar nem se envolver nas tormentas sociais e sempre emanando a Luz do Criador, que aponta o caminho seguro para qualquer um que deseje se proteger das tempestades sociais; independentemente do que aconteça cristãos continuam vivendo de acordo com os princípios, conceitos e as convicções transmitidas pela Escritura Sagrada. Estes são os que verdadeiramente vivem o que está escrito em Josué 24.15, porque tais cristãos dizem em seu coração: Não importa o que aconteça com a sociedade, não importa o caminho de corrupção que os outros escolham seguir, não importa o quanto me ataquem ou me firam, "...Eu e minha casa serviremos ao SENHOR." .

Foi exatamente dessa maneira que os cristãos genuínos atravessaram séculos das mais violentas, cruéis e desumanas perseguições sociais, mas sempre sem perder o foco de sua missão, suportando, ajudando e aliviando, ao máximo possível, a vida de todos ao redor deles sem fazer distinção, e, com a Luz emanada pela maneira como vivem na sociedade, "...Irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo." Filipenses 2.15, são capazes de, sem lutar as batalhas do mundo, serem usados como instrumentos para que Cristo liberte muitos outros de todo este contexto social e os conceda conversão, salvação, paz de espírito, alegria, felicidade, plenitude, vida eterna e todas as outras bênçãos que existem no Reino de Deus. 

Assim os cristãos fizeram no passado e é assim que nós devemos fazer atualmente. 

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