“É
impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem.”
Lucas 17.1
ESCÂNDALO. Se existe
uma palavra que parece estar na moda atualmente é esta; as pessoas têm sido
rodeadas por todos os tipos de escândalos em praticamente todas as áreas do
viver social. Diariamente, escândalos cada vez maiores e mais ofensivos têm sido
anunciados nas mais diversas mídias; escândalos na política, nos esportes, na
saúde, na segurança, na educação, na religião, nas empresas, nas famílias, e,
infelizmente, até mesmo nas congregações.
Coisas absurdas,
verdadeiras abominações, estão se infiltrando e contaminando o interior das
pessoas de todas as idades e classes sociais, fazendo com que estes se tornem
consumidores e, também, potenciais focos de escândalos capazes de atingir uma
quantidade enorme de outras pessoas, gerando assim uma reação em cadeia que
mais se parece com a explosão de uma grande bomba. A sociedade parece ter perdido
completamente a capacidade de viver sem ter de se “alimentar” quase que
diariamente de algum tipo de escândalo, mas isso não é de se estranhar, na
medida em que os escândalos são gerados no mundo pelo próprio espírito que há
no mundo, dessa forma, eles falam a mesma língua, comunicam-se entre si e
sentem-se confortáveis uns com os outros, ou seja, os mundanos, os escândalos e
o espírito do mundo. A verdade aqui é que eles sempre foram e sempre serão
assim; por isso cada qual colherá os frutos de sua péssima plantação; e este é o motivo de estar escrito: “Mas ai daqueles por quem
(os escândalos) vierem.” Lucas 17.1b.
E o que os cristãos têm
com tudo isso?
Não é preciso fazer
esforço para perceber que cada vez mais as congregações tem se assemelhado aos
mundanos neste aspecto, e digo isso com tristeza, mas vez ou outra podemos ver
ou ouvir escândalos espocando no ambiente congregacional, que sacodem a opinião
de todos, sejam mundanos ou não. Escândalos “pequenos”, “médios” ou “grandes”,
mas todos com enorme potencial de destruição; porém, tratados sempre com a mais
absoluta e natural negligência, como se os escândalos dentro de congregações
fossem e devessem ser tratados de maneira tão comum e corriqueira quanto é
pelos mundanos.
Um escândalo é uma arma de guerra das mais poderosas no arsenal particular do espírito do mundo, muito usada para destruição em massa,
ela atinge, feri, destrói, debilita, separa, inutiliza e consome violentamente; a paz, a
ordem, a união, os relacionamentos, a unidade, a alegria e todos os
atributos que são característica das pessoas de bem; e como se tudo isso não
bastasse, o escândalo ainda contamina todos os que tem contato com ele, de modo
que tais pessoas passam a ser portadores da “radiação” maldosa que emana dele, e
passam também a contaminar todos os que estiverem ao redor e até,
eventualmente, se tornam geradores de suas próprias explosões (novos
escândalos); pois um escândalo chama outro, assim como “Um abismo chama outro
abismo...” Salmos 42.7a; para que assim as sucessivas quedas nunca tenham fim.
Está escrito: "...Sejais sinceros e sem escândalo algum até ao dia de Cristo." Filipenses 1.10b.
Está escrito: "...Sejais sinceros e sem escândalo algum até ao dia de Cristo." Filipenses 1.10b.
Cristãos sabem que é
inevitável que os escândalos ocorram; como foi dito: “É impossível que não venham escândalos...” Lucas 17.1, mas não
usam essa afirmação de Cristo para se permitir ser os geradores ou portadores dos
escândalos, tampouco se permitem participar de escândalos alheios, tanto no
mundo quanto nas congregações. Cristãos sabem que há, principalmente nos dias
atuais, uma perniciosa cultura voltada para escandalizar o máximo possível de
pessoas, ou seja, criando escândalos que afetem a maior quantidade de indivíduos,
pois o objetivo do mundo é fazer com que ninguém fique imune a sua vil “radiação
de destruição”. Por este motivo, os cristãos mantém forte vigilância sobre seus
próprios atos, palavras e estilo de vida de forma geral; sempre seguindo à
risca a orientação dada por Paulo, o apóstolo que disse: “Portai-vos de modo que não dês escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de
Deus.” 1 Coríntios 10.32; ou seja, cristãos vivem de modo que não criam nem
são parte de escândalos, nem para os religiosos representados no versículo como
judeus, nem para os mundanos
representados como gregos, nem para
outros cristãos representados como a igreja
de Deus.
Este é um ponto de
honra na mentalidade de todo cristão, ou seja, cristãos vivem de modo que todas
as suas palavras e ações sejam sempre orientadas apenas para ajudar, curar,
contribuir, apaziguar, construir, restaurar, conservar e proteger tudo e todos
os que estão ao redor, porquê: “Toda
árvore boa produz bons frutos...” Mateus 7.17a. Cristãos não causam, não se
envolvem e nem se “alimentam” de escândalos, mas da mesma forma, não apontam o
dedo para atacar, julgar ou condenar qualquer um que tenha sido atingido ou
esteja tomando parte dos escândalos do mundo; cristãos apenas se mantem
separados das pessoas que vivem segundo as regras do mundo, ainda que estejam
dentro das congregações; porque mundanos cuidam dos assuntos do mundo e do
espírito que no mundo está, enquanto que cristãos cuidam dos assuntos de Cristo
e do Reino de Deus. Simples assim.
Obviamente, sempre que
é possível os cristãos procuram ajudar, com sabedoria, as pessoas que estão
vivendo segundo as regras e o estilo de vida do mundo, mas o fato é que a
principal forma como os cristãos fazem isso é sendo em tudo bom exemplo de
retidão, honestidade, dignidade, honradez, lealdade, fidelidade, liberalidade,
generosidade, caridade, voluntariado, fé, sinceridade, humildade, simplicidade
e tantas outras virtudes cristãs como estas, porque está escrito: “Em tudo, te dá por exemplo de boas obras...”
Tito 2.7. E a forma de ser exemplo de boas obras em tudo é aquela citada em 1
Coríntios 10.32, que diz: “Portai-vos de
modo que não dês escândalo nem aos
judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.”.
Este é o caminho mais
seguro para eliminar os escândalos do meio das congregações, assim como a
melhor maneira de inspirar até mesmo aqueles mundanos que estejam vagando
dispersos à procura de luz e direção para suas vidas.
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