Pular para o conteúdo principal

Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre, tendo grande riqueza. Provérbios 13.7



“Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre, tendo grande riqueza”.  Provérbios 13.7

Neste texto vou conversar com você sobre uma forma simples e poderosa de aumentar sua qualidade de vida e gerar conforto para a sua existência. Faz algum tempo escrevi uma postagens aqui falando sobre temas importantes como prosperidade, fuga da ostentação, riqueza, e gostaria de convidar você a lê-las caso ainda não o tenha feito.

Existe uma grande confusão no mundo a respeito de quem é rico e quem é pobre; a verdade é que as pessoas do mundo julgam-se uns aos outros unicamente pela aparência que demonstram; ou seja, se possuem uma aparência abastada; se vangloriam a si mesmos pelas coisas que possuem; se ostentam e financiam suas vidas, constantemente, a crédito dos outros (empréstimos bancários, financiamentos, consórcios, cartões, carnês e etc...) em parcelas incontáveis; se não conseguem viver sem comprar os símbolos mundanos de status social eleitos pela mídia, mesmo que não precisem deles e mesmo que tenham de sacrificar-se para isso, se ganham muito dinheiro e gastam todo dinheiro que ganham constantemente; por mais incrível que pareça, as pessoas passam a acreditar que quem praticam tais coisas são ricas justamente por estes comportamentos, ou seja, por viverem em um falso estilo de vida de riqueza, baseado exclusivamente na ilusão e nas aparências, no consumo e na ostentação.

Estes indivíduos parecem ser ricos porque se esforçam brutalmente para passar essa imagem fantasiosa para todos ao seu redor, são imprudentes, passionais e perdulários como o filho pródigo da passagem de Lucas 15.13-14, mas, na verdade, toda a riqueza que eles demonstram não passa de um grande acúmulo de falsos tesouros modernos, uma coleção de vanglórias pessoais e profissionais, vitórias sem sentido, sonhos de consumo corrompidos (que logo tornam-se obsoletos), assim como, dívidas e passivos de todos os tipos, materiais, emocionais, econômicos etc...; por isso também foi escrito que "Há quem se faça rico não tendo coisa nenhuma...". Porque todas as coisas que eles possuem e se sacrificam tanto para manter e demonstrar como sendo riquezas, não são nada além de vaidades pessoais e sociais disfarçadas.

Por outro lado, se possuem uma aparência frugal, ou seja, moderada e simples, se buscam viver uma vida sustentável ao invés de uma busca desenfreada por status, se consomem com inteligência, se multiplicam o que têm sem alarde, se buscam sempre o melhor custo-benefício, se priorizam qualidade de vida em vez de demonstração de "riqueza social", se constroem suas vidas dando mais peso à segurança, liberdade e independência do que a demonstração de poder aquisitivo; se vivem num estilo de vida baseado na construção de patrimônio sólido e auto-sustentável; tais pessoas são rotuladas como pobres em comparação com aquelas outras citadas anteriormente. Mas veja o que Salomão, um dos homens mais ricos, poderosos e sábios que já pisou sobre a face da terra disse:

“Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre, tendo grande riqueza”.  Provérbios 13.7

A essência do que Salomão estava afirmando neste versículo é: "Existem pessoas que são pobres, mas vivem fingindo ser ricas; enquanto os verdadeiramente ricos costumam se fingir de pobre.". E caso alguém duvide disso; atualmente existe uma pesquisa feita por dois professores e pesquisadores americanos; Thomas J. Stanley e Willian D. Danko, que descobriu que a maioria das pessoas realmente milionárias naquele país, não possui a aparência social que normalmente costuma-se acreditar que os milionários tenham, ou seja, tais pessoas são financeiramente ricas, mas vivem como a classe média; e isso apenas comprova o que Salomão já havia dito há milênios atrás. A pesquisa destes dois professores se tornou famosa ao servir de base para o livro, best-seller, "O milionário mora ao lado: Os surpreendentes segredos dos ricaços americanos.".

No texto de provérbios 13.7; o rei-sábio, Salomão, está fazendo uma clara divisão entre dois tipos bem distintos de pessoas, as que buscam uma vida ilusória e as que buscam construir (edificar) uma vida sustentável. Agora, existe algumas perguntas que cada um de nós deve se fazer neste instante; e a primeira é: Qual destas pessoas nós somos?

Responda para si mesmo as seguintes perguntas também:

1: Você é dos que estão mais preocupados com o que os outros vão pensar de você?
2: Você acredita que mostrar algo que não é real para obter status é mais importante do que construir uma vida segura e sustentável?
3: Você costuma comprar coisas que são novidades mesmo que não esteja precisando delas?
4: Você costuma comprar coisas cujo preço está muito acima de suas condições, mesmo que tenha de fazer algum sacrifício para isso?
5: Você costuma pagar pelos produtos e serviços, muito mais do que eles realmente valem apenas para sentir que possui alguma exclusividade?

Se você respondeu sim para ao menos uma destas perguntas, tenho de informá-lo(a) que é hora de mudar sua visão. Se respondeu sim para duas, significa que você está indo em direção a perda de sua liberdade e isso certamente atrairá problemas. Se respondeu sim para três, significa que já se tornou escravo de suas vaidades e muito provavelmente enfrente ou esteja enfrentando certas dificuldades para manter seu padrão de vida atual. E se respondeu sim para quatro ou cinco, muito provavelmente, você está se afogando nas ilusões de consumo desenfreado da mídia e do mundo.

Há muitas pessoas que inflam suas vidas com todo tipo de vaidades e são aplaudidas por isso, mas todas elas estão pagando ou pagarão um alto preço, sacrificante, por viver desta forma. Novamente recorro as sábias palavras de Salomão quando ele diz: "A prosperidade dos tolos os destruirá". Provérbios 1.32b. Viver uma vida baseada em aparências e inflada por vaidades, a longo prazo, não faz bem a ninguém, se você tiver a oportunidade pergunte a quem já o fez, pergunte às pessoas que hoje são, ou já foram, super-endividados, por exemplo.

Quando alguém vive uma vida de aparências se torna escravo da própria ilusão que criou, assim também como se torna escravo das outras pessoas porque precisa constantemente estar mostrando aos demais um padrão de vida que não corresponde com sua realidade e isso sem falar que também se tornam escravos de bancos, financeiras de cartões, grandes magazines e lojas de departamentos, concessionárias e uma infinidades de outras coisas. A bíblia nos ensina que não devemos voltar a ser escravos, do que quer que seja, depois que fomos libertos por Cristo, como está escrito: "...Não torneis a meter-vos debaixo do julgo da servidão." Gálatas 5.1. Esta declaração serve para absolutamente todas as coisas em nossa vida, e se você a aplicar na construção sólida (edificação) do seu estilo de vida usando-a como fundamento para construir novos padrões de consumo de bens e serviços, vai passar a tirar proveito de uma das coisas mais preciosas que nosso Senhor nos deu. Liberdade.

Quem nasce escravo não sente falta de liberdade simplesmente porque não sabe do que se trata, mas quem se torna livre não quer jamais voltar àquela vida antiga de escravidão; e é assim que os cristãos agem com relação a todas as áreas de sua existência; depois que recebem o conhecimento de Cristo e a visão correta do que é liberdade e como usá-la em todas as esferas de sua vida, cristãos não querem mais ser escravos de outras pessoas, não querem mais ser escravos de organizações, não querem mais ser escravos do consumismo e da ostentação e tampouco querem ser escravos de ilusões criadas por si mesmos apenas para sustentar um estilo de vida de vaidades e vanglórias.

A pessoa que se faz "rica" tendo coisa nenhuma é como alguém que caminha cada vez mais para dentro do mar, sem saber nadar, ou seja, mais cedo ou mais tarde será engolido pela maré de desejos, das ambições, do consumismo, da ostentação e se não compreender que tais comportamentos fazem muito mal à sua liberdade, assim como a sua qualidade de vida; e mudá-los; terminará por se afogar nesse imenso mar de ilusões, de produtos, marcas, modas, padrões, promoções, lançamentos e coisas semelhantes a estas.

Então a primeira coisa que um cristão faz para edificar uma vida segura, livre, e por vezes até independente (falarei mais a respeito de segurança, liberdade e independência em outro texto), é buscar criar para si e para sua família um estilo de vida que seja primeiramente sustentável, ou seja, uma vida que não é pautada pelas "oportunidades únicas" do consumo nem nas "promoções imperdíveis" da mídia, tampouco na ostentação, na megalomania, no glamour ou no status. O importante é que você saiba que a "aparência midiática de riqueza" não é mais importante que a verdadeira riqueza.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pedis e não recebeis, porque pedis mal... Tiago 4.3

"Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites." Tiago 4.3 Esta, sem dúvidas, é uma das frases mais conhecidas do livro de Tiago, mas durante algum tempo tive certa dificuldade de me aprofundar na grande lição contida nela. Será que você já conseguiu extrair deste versículo algo além daquilo que está na superfície? É o que tentaremos fazer agora. Creio que o hábito de pedir seja o mais intuitivo, natural e automático que possuímos, principalmente porque Jesus disse: "Pedi e dar-se-vos-a..." ; "o que pede recebe" e ainda, "tudo que pedirdes em meu nome eu o farei..." Somos ensinados e acostumados a pedir; há alguns até que se tornam viciados em fazê-lo, alguns tratam o Senhor absoluto do universo como se Ele fosse uma espécie de "gênio da bíblia", ou seja, na mentalidade destas pessoas Deus serve apenas para realizar seus desejos não importando o quão banais, vaidosos, egoístas, hedonista

"...Um dia para o SENHOR é como mil anos..." 2 Pedro 3.8

"Mas, amados, não ignoreis uma coisa: Que um dia para o SENHOR é como mil anos, e mil anos, como um dia."   2 Pedro 3.8 Agora é hora de quebrar um grande mito. Um tipo de crença religiosa que tem impedido muitos de enxergar um pouco mais a grandeza de Deus. Em um texto anterior falei sobre o   tempo das coisas , mas neste texto vamos conversar brevemente sobre o suposto tempo de Deus. Provavelmente você já tenha ouvido alguém falar, ou já falou, a seguinte frase:   Não é o tempo de Deus. Embora eu compreenda o que tal frase quer dizer, creio que há alguns pontos importantes sobre ela que devemos conhecer plenamente para melhorarmos tanto o nosso conhecimento do SENHOR quanto nosso relacionamento com Ele. Certa vez li uma frase atribuída ao físico alemão Albert Einstein que me ajudou bastante a compreender o entendimento que compartilho nesse texto com você. Eis a frase: "A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistent

“Clama a mim, e responder-te-ei...” Jeremias 33.3

“Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes.” Jeremias 33.3 Deus nunca se cala. Ele está sempre falando conosco, sempre nos respondendo, mesmo quando nos negamos a ouvi-lo; tal como está escrito em Jó 33.14, que diz: "Antes, Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso." . Uma vez que qualquer pessoa clame a Deus a respeito de alguma situação ou petição, seja qual for; como foi escrito em Filipenses 4.6, que diz: “...Antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graça .” . Ele próprio afirma no texto de Jeremias 33.3 que responderá. E porque estou falando algo tão óbvio assim? Porque tenho percebido que para muitas pessoas não é tão óbvio; na verdade, já perdi as contas de quantas vezes eu ouvi alguém falar que orou, clamou, pediu e suplicou a Deus a respeito de algo, mas Ele não respondeu. Já ouvi pessoas falarem isso, ou algo semelhante, tant