Pular para o conteúdo principal

A prosperidade dos loucos. Provérbios 1.32b



"...a prosperidade dos loucos os destruirá." Provérbios 1.32b

O assunto prosperidade é um dos assuntos mais extensos e melindrosos que nós podemos abordar, embora não devesse ser assim; há vários enfoques importantes que podem e devem ser estudados, mas nessa postagem vou falar de forma simples sobre apenas um deles; na área financeira.

Primeiro é preciso deixar claro que prosperidade é muito mais do que dinheiro ou riqueza; prosperidade é um conjunto de bençãos que envolve entre outras, saúde, paz e amor; como está escrito: "Melhor é um prato de hortaliça onde há amor do que o boi cevado e com ele o ódio." Provérbios 15.17 versão atualizada; então de acordo com esta passagem eu pergunto: Quem é o prospero? O que tem o prato de hortaliças com amor ou o que tem o boi cevado com ódio?
Ou seja; de que adianta ser rico e não ter saúde para aproveitar sua riqueza? Ou, de que adianta ser milionário e não ter paz com a família, amigos e consigo mesmo? Ou até, de que adianta ser bilionário e viver num ciclo de ódio ou não ter um relacionamento com o próprio Deus? "Pois que aproveitaria ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma" Marcos 8.36. 

A resposta é simples e obvia; não adianta nada sem que exista outras coisas antes; dinheiro não compra paz, nem tranquilidade, nem amor. O versículo de Provérbios 15.17 deixa claro que é melhor ter pouco, mas da forma correta (com amor) do que ter muito da forma errada (com ódio). 
Infelizmente algumas pessoas querem ter dinheiro a qualquer custo sem se preocupar com estas coisas principalmente para criar uma vida ilusória de prosperidade baseada em compras excessivas e ostentação; e este é um dos indícios usados para identificar que tais pessoas são loucas porque elas passam a viver só se preocupando com as questões financeiras voltadas para o consumo de bens e serviços e busca por um falso status proveniente das marcas que consomem, muitas vezes, sem qualquer propósito; pessoas assim deixam de lado as outras partes da prosperidade real que são tão importantes quanto a financeira e juntas formam o equilíbrio perfeito da qualidade de vida.

Então você pergunta:

É vontade de Deus que seus filhos prosperem financeiramente?


A resposta é: Sim.

Todos nós sabemos (ou deveríamos saber) que é vontade de Deus que seus filhos prosperem, inclusive, financeiramente, como está escrito:

"...o Senhor que ama a prosperidade do seu servo..." Salmos 35.27b

Deus ama a prosperidade plena (em todas as áreas) de seus servos, mas Ele deseja que seus filhos prosperem da forma correta. E financeiramente não é diferente.

É comum hoje em dia que pessoas procurem demonstrar ser quem não são, consumindo bens e serviços, e ostentando um estilo de vida acima de suas reais capacidades financeiras atuais, o verbo ostentar está na moda e nunca foi tão conjugado quanto nos tempos atuais,  mas a longo prazo essa atitude devorará tais pessoas vivas. Este comportamento é altamente destrutivo porque faz com que quem o possui se sobrecarregue com pesos desnecessários, seja financeiramente, por sempre viver no limite ou além do limite de sua capacidade de ganhar dinheiro ou de construir algum patrimônio para si ou para sua família; seja mentalmente, por estar sempre pensando em formas de demonstrar para todos a seu redor um nível de status baseado numa prosperidade financeira que não é sustentável e que, portanto, não é verdadeira; logo, se não é verdadeira, é mentira, e se é mentira, é pecado. "... e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte". Apocalipse 21.8.

Há diversos tipos de mentira, nem todas são faladas, algumas são vividas. Ostentar uma prosperidade financeira mentirosa é loucura e, portanto, segundo o versículo de Provérbios 1.32 citado na abertura desta postagem, destruirá quem tal pratica, fisicamente, porque a pessoa se tornará escrava desta falsa prosperidade; e, espiritualmente, porque por sustentar uma mentira como essa a pessoa acabará por perder sua salvação como relatado no versículo de apocalipse 21.8.

Pessoas que costumam agir assim, vivendo no limite ou além de seus limites financeiros, contraem inúmeras dívidas, e dívidas são vorazes devoradores de liberdade; elas embaraçam, travam e escravizam; roubam energia.

Quando você faz uma dívida, deixa de trabalhar para você mesmo e passa a trabalhar para outra pessoa, (a quem você deve) seja crediário, cartões de crédito, financiamentos, empréstimos ou outros. A bíblia ensina que: "...o que toma emprestado é servo do que empresta" Provérbios 22.7
Ou seja. Quando alguém compra um produto ou serviço à prazo, seja no cartão, crediário ou outro e divide a compra para pagar em determinado período de tempo; é como se esta pessoa estivesse pegando emprestado o bem ou serviço antecipadamente e se comprometendo a pagar em parcelas para o futuro. Portanto, durante este período determinado a pessoa se tornou escravo daquela transação; ela perdeu a liberdade de decidir o que quer fazer com seu dinheiro ou mesmo com sua vida, pois tem inevitavelmente que trabalhar para pagar pelo bem ou serviço que adquiriu, mesmo que este já tenha sido consumido por inteiro. A bíblia ensina que devemos estar "Firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do julgo da servidão" Gálatas 5.1
Esta palavra pode e deve ser aplicada a todas as áreas do viver humano, logo, também serve para nos guiar nas questões financeiras;  Cristo tornou você livre em todos os aspectos e não é sábio voltar a ser servo (escravo) de dívidas, crediários, financiamentos, cartões de crédito, bancos ou etc.

Comprar coisas por impulso, comprar coisas para demonstrar um falso padrão de vida, comprar para demonstrar status, comprar para ostentar, comprar coisas que serão um fardo financeiro que futuramente não poderá ser honrado são comportamentos claros da pessoas que a bíblia chama de loucas.

Para ser sincero com você leitor, eu não acho que uma pessoa não possa fazer um crediário, ou um financiamento ou não possa usar, eventualmente, e com sabedoria, equilíbrio e prudência, um cartão de crédito para parcelar alguma compra, mas é preciso deixar muito claro que isso não deve ser uma constante em sua vida, tal pessoa deve ser extremamente organizada financeiramente para poder usar tais recursos e, na verdade, deve ser usado apenas eventualmente e não como a maioria dos indivíduos que vivem entrando e saindo constantemente de crediários, financiamentos, cheques-especiais ou juros das dívidas de cartões. A pessoa deve ter em mente que durante aquele período ela será escrava de sua compra, seja um carro, um eletrodoméstico, um produto eletrônico, uma casa, uma viagem ou o que for.
Adquira e cultive o hábito de não fazer dívidas e passe a trabalhar para si mesmo. Procure conhecimento para construir sua vida de maneira financeiramente sustentável, à luz da Palavra.


Em breve colocarei uma postagem aqui falando mais sobre esse tema.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pedis e não recebeis, porque pedis mal... Tiago 4.3

"Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites." Tiago 4.3 Esta, sem dúvidas, é uma das frases mais conhecidas do livro de Tiago, mas durante algum tempo tive certa dificuldade de me aprofundar na grande lição contida nela. Será que você já conseguiu extrair deste versículo algo além daquilo que está na superfície? É o que tentaremos fazer agora. Creio que o hábito de pedir seja o mais intuitivo, natural e automático que possuímos, principalmente porque Jesus disse: "Pedi e dar-se-vos-a..." ; "o que pede recebe" e ainda, "tudo que pedirdes em meu nome eu o farei..." Somos ensinados e acostumados a pedir; há alguns até que se tornam viciados em fazê-lo, alguns tratam o Senhor absoluto do universo como se Ele fosse uma espécie de "gênio da bíblia", ou seja, na mentalidade destas pessoas Deus serve apenas para realizar seus desejos não importando o quão banais, vaidosos, egoístas, hedonista

"...Um dia para o SENHOR é como mil anos..." 2 Pedro 3.8

"Mas, amados, não ignoreis uma coisa: Que um dia para o SENHOR é como mil anos, e mil anos, como um dia."   2 Pedro 3.8 Agora é hora de quebrar um grande mito. Um tipo de crença religiosa que tem impedido muitos de enxergar um pouco mais a grandeza de Deus. Em um texto anterior falei sobre o   tempo das coisas , mas neste texto vamos conversar brevemente sobre o suposto tempo de Deus. Provavelmente você já tenha ouvido alguém falar, ou já falou, a seguinte frase:   Não é o tempo de Deus. Embora eu compreenda o que tal frase quer dizer, creio que há alguns pontos importantes sobre ela que devemos conhecer plenamente para melhorarmos tanto o nosso conhecimento do SENHOR quanto nosso relacionamento com Ele. Certa vez li uma frase atribuída ao físico alemão Albert Einstein que me ajudou bastante a compreender o entendimento que compartilho nesse texto com você. Eis a frase: "A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistent

“Clama a mim, e responder-te-ei...” Jeremias 33.3

“Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes.” Jeremias 33.3 Deus nunca se cala. Ele está sempre falando conosco, sempre nos respondendo, mesmo quando nos negamos a ouvi-lo; tal como está escrito em Jó 33.14, que diz: "Antes, Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso." . Uma vez que qualquer pessoa clame a Deus a respeito de alguma situação ou petição, seja qual for; como foi escrito em Filipenses 4.6, que diz: “...Antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graça .” . Ele próprio afirma no texto de Jeremias 33.3 que responderá. E porque estou falando algo tão óbvio assim? Porque tenho percebido que para muitas pessoas não é tão óbvio; na verdade, já perdi as contas de quantas vezes eu ouvi alguém falar que orou, clamou, pediu e suplicou a Deus a respeito de algo, mas Ele não respondeu. Já ouvi pessoas falarem isso, ou algo semelhante, tant